Foto: Edinei Rosa
A juíza Ana Cristina Silva Mendes, auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça de Mato Grosso (CGJ-MT), manteve as prisões preventivas do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), seu ex-chefe de gabinete, Silvio Cézar Corrêa Araújo, e do ex-secretário adjunto de Administração e coronel aposentado da Polícia Militar, José de Jesus Nunes Cordeiro.
Além deles, o procurador aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o "Chico Lima", e o ex-secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Transporte e Pavimentação Urbana, Valdísio Juliano Viriato também tiveram as prisões mantidas.
Réus na ação penal oriunda da quinta fase da Operação Sodoma, eles estão presos por determinação da juíza Selma Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado da Capital. A decisão, em regime de exceção – uma vez que a Vara passa por um programa de aprimoramento processual para reanalisar os processos de réus presos – foi proferida na última sexta-feira (12).
A análise da magistrada sobre a situação dos réus levou em consideração as evidências de indícios de autoria dos crimes imputados aos acusados e ainda prezar pela ordem pública e da instrução criminal, já que os réus aguardam para serem interrogados.
“Do mesmo modo, verifico a necessidade da manutenção das custódias cautelares para garantir a integridade física das testemunhas e dos colaboradores e, ainda, como meio de garantir que o sentimento de impunidade não sirva como mola propulsora para a reiteração criminosa”, considerou a magistrada.
Sodoma 5
Nesta fase da operação, o Ministério Público Estadual (MPE) apurou que a organização criminosa solicitou e recebeu vantagem indevida de R$ 3,05 milhões entre outubro de 2011 a dezembro de 2014, da empresa Marmeleiro Auto Posto Ltda. Três pregões foram fraudados para viabilizar a permanência da empresa no fornecimento de combustível para o abastecimento de toda a frota do Poder Executivo Estadual.
Foram constatados, ainda, desvios de dinheiro público junto a Secretaria de Estado de Transporte e Pavimentação Urbana (Setpu) no valor aproximado de R$ 5,1 milhões, entre 2013 e 2014, mediante a prática fraudulenta de inserções fictícias de consumo de combustível.
Além dos réus que permanecerão presos, também foram denunciados Pedro Jamil Nadaf, Marcel Souza de Cursi, César Roberto Zílio, Pedro Elias Domingos de Mello, Rodrigo da Cunha Barbosa, Francisco Anis Faiad, Arnaldo Alves de Souza Neto, Karla Cecília de Oliveira Cintra, Juliano Cezar Volpato, Edézio Corrêa, Alaor Alvelos Zeferino de Paula e Diego Pereira Marconi.
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