Política

Paulo Taques pede para sair e é exonerado da Casa Civil; adjunto assume

Foto: Ahmad Jarrah/CMT

Por meio de nota, o governador Pedro Taques (PSDB) anunciou nesta quinta-feira a saída do secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques – que é seu primo.

De acordo com o comunicado, a exoneração foi a pedido do próprio secretário, que irá voltar a se dedicar ao seu escritório de advocácia, na Capital. Paulo, de acordo com a nota, reassume a defesa jurídica do governador.

Na nota, Taques anunciou que o secretário-adjunto da Casa Civil, José Adolpho de Lima Avelino Vieira, irá assumir a função. Os atos de exoneração e nomeação serão publicados no Diário Oficial do Estado que circulará nesta sexta-feira (12).

Conforme o governador, a missão que havia dado a Paulo Taques na Casa Civil – de organizar as rotinas e articulação internas do Governo e criar canais permanentes de amplo diálogo do Executivo Estadual com os demais poderes e a sociedade – já foram cumpridas e que o próprio Paulo Taques havia lhe pedido para ficar na função por tempo determinado, já que não poderia se ausentar por muito tempo do seu escritório de advocacia para não prejudicar as causas de seus clientes.

“Eu quero aqui reconhecer o grande trabalho feito pelo secretário Paulo Taques na Casa Civil, nos ajudando muito a criar as condições necessárias para fazermos a transformação que nos propusemos a promover no Estado de Mato Grosso e na vida dos mato-grossenses. Agradeço muito ao comprometimento e a grande contribuição que o Paulo deu ao nosso Governo, mas compreendo suas necessidades profissionais. O Paulo continua sendo estratégico ao nosso Governo, e vai voltar a cuidar de vários processos judiciais do meu interesse”, frisou o governador.

Processos

Entre os processos que Paulo Taques vai atuar está uma investigação em curso na Procuradoria Geral da República sobre denúncia feita pelo ex-secretário de Segurança Pública do Estado, promotor Mauro Zaque, e seu adjunto, Fábio Galindo, sobre eventual existência de interceptações telefônicas clandestinas no âmbito da Polícia Militar.

A denúncia, supostamente recebida por eles anonimamente, foi feita pelo ex-secretário ao governador em outubro de 2015. Ato contínuo, o governador remeteu o caso ao Ministério Público Estadual, por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) para investigação. No mesmo mês de outubro de 2015, porém, o Gaeco fez a Promoção do Arquivamento das investigações por insuficiência de evidências do denunciado.

“Não verifico qualquer outro elemento que justifique falar-se em interceptação telefônica clandestina, razão pela qual determino o arquivo do PRO, com as respectivas baixas…”, escreveu o então Coordenador do Gaeco Marco Aurélio de Castro, em 27 de outubro de 2015.

O caso, hoje, todavia, encontra-se sob apreciação da Procuradoria Geral da República, uma vez que a mesma denúncia fora encaminhada para lá.

“Tenho orgulho de ter podido contribuir com a administração do Pedro Taques, que está transformando para melhor a vida dos mato-grossenses. Mantenho a minha convicção de que Pedro Taques entrará para a história como um dos melhores governadores de Mato Grosso, e foi uma honra pessoal ser parte disso. Volto agora para a minha trincheira, que é a advocacia, mas continuarei fazendo o bom combate na defesa dos interesses de Mato Grosso”, argumentou Paulo Taques.

Currículo

O novo secretário-chefe da Casa Civil, José Adolpho de Lima Avelino Vieira, tem 43 anos, é graduado em Administração e pós-graduado com MBA em Gestão de Pessoas e também em Inovação e Difusão Tecnológica. Atuou como assessor parlamentar, como fiscal do Conselho Regional de Administração de Mato Grosso e, desde janeiro de 2015, é secretário adjunto de Gestão Integrada e Modernização Institucional da Casa Civil. Em pouco mais de dois anos à frente da função, assumiu interinamente a chefia da Casa Civil em quatro oportunidades na ausência do titular da pasta.

Com Assessoria

Redação

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