Política

Pesquisa mostra Moon vencendo eleições na Coreia do Sul

Foto: reprodução

Por G1

Uma pesquisa de boca de urna divulgada após o fechamento das urnas na eleição para presidente na Coreia do Sul nesta terça-feira (9) mostra o candidato Moon Jae-In à frente de seus adversários, com folga.

Segundo o levantamento, na qual o instituto Kantapublic ouviu 100 mil pessoas, Moon tem 41,4% das intenções de voto, contra 23,3% de Hong Jun-pyo, 21,8% de Ahn Cheol Soo, 7,1% de Yoo Seung-min e 5,9% de Shim Sang-jung.

Veterano da luta pelos Direitos Humanos e membro do Partido Democrático (centro-esquerda), Moon é favorável a uma aproximação com a Coreia do Norte e já vinha aparecendo como grande favorito das eleições.

Uma vitória de Moon, de 64 anos, permitiria uma alternância à frente do país após 10 anos de reinado dos conservadores. Sua eleição pode significar uma importante mudança de política em relação a Pyongyang e ao aliado e protetor americano.

Ameaça do Norte
As eleições presidenciais da Coreia do Sul são celebradas após a destituição da presidente Park Geun-Hye por um escândalo de corrupção (entenda o caso). As seções eleitorais abriram nesta terça-feira (9) às 6h locais (18h de segunda-feira em Brasília)
Após uma breve campanha dominada pelos temas de emprego e desigualdades, esperava-se uma taxa de participação excepcional.

O futuro presidente terá muito o que fazer, como combater a desaceleração do crescimento, as desigualdades, a alta do desemprego e o estancamento dos salários.

Mas o próximo ocupante da "Casa Azul", a residência oficial da presidência, terá como principal desafio a ameaça da vizinha Coreia do Norte.

Em um momento em que alguns temem um sexto teste nuclear de Pyongyang, a tensão cresce devido ao caráter imprevisível do novo presidente americano, Donald Trump, que ameaça resolver a questão pela força.

A instalação de um escudo antimísseis americano na Coreia do Sul para enfrentar a ameaça norte-coreana provocou irritação na China, e Trump deixou seus aliados perplexos ao pedir a Seul que pague uma fatura de US$ 1 bilhão pelo dispositivo.

Rompendo com a linha dura em relação a Pyongyang defendida por Park, Moon deverá – em caso de vitória – propor uma aproximação menos conflitiva com a Coreia do Norte e uma emancipação da tutela americana.

Impeachment de Park
Em dezembro de 2016, um escândalo de corrpução levou a Assembleia Nacional a destituir a então presidente Park Geun-Hye, o que acabou com sua imunidade e abriu caminho para uma investigação.

Sua queda em desgraça começou em meados de 2016, quando foi revelado que sua melhor amiga, Choi Soon-sil, que nunca ocupou nenhum cargo oficial, aproveitou sua influência para obter milhões de dólares de grandes empresas sul-coreanas. A ex-presidente nega todas as acusações e afirma que Choi traiu sua confiança.

O Tribunal Constitucional confirmou em 10 de março o impeachment.

Park foi presa no final de março, após um tribunal do distrito central de Seul emitir uma ordem de prisão por acusações de suborno, abuso de autoridade, coerção e vazamento de segredos governamentais após uma longa audiência.

Park é o terceiro ex-chefe de Estado da Coreia do Sul detido por um caso de corrupção. Chun Doo-Hwan e Roh Tae-Woo cumpriram penas de prisão nos anos 1990 por motivos similares. O ex-presidente Roh Moo-Hyun, eleito democraticamente, cometeu suicídio em 2009, quando ele e a família eram investigados por corrupção.

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Política

Lista de 164 entidades impedidas de assinar convênios com o governo

Incluídas no Cadastro de Entidades Privadas sem Fins Lucrativos Impedidas (Cepim), elas estão proibidas de assinar novos convênios ou termos
Política

PSDB gasta R$ 250 mil em sistema para votação

O esquema –com dados criptografados, senhas de segurança e núcleos de apoio técnico com 12 agentes espalhados pelas quatro regiões