Com Reinaldo Fernandes
O vice-líder do Governo no Senado, o senador José Medeiros (PSD-MT) apresentou exigências ao grupo da base para manter o apoio ao presidente Michel Temer (PMDB). Segundo ele, sua permanência está a partir de agora “condicionada” a garantia de ações em Mato Grosso.
“Não estou saindo da base do Governo, mas apresentei algumas condições para permanecer no cargo. Mato Grosso é hoje um dos principais Estados na produção brasileira, mas sofre com problemas sérios que estão sendo arrastados faz tempos”, disse ele em entrevista nesta quinta-feira (4), na Arena Pantanal.
Ele pontuou a necessidade a cobrança de reforma de estradas na rota de escoamento de commodities em Mato Grosso e da pecuária, a exemplo da BR-364, que corta Rondonópolis e Sinop, cidades referências da produção agropecuária, e cuja duplicação está paralisada.
“Mato Grosso contribui de forma muito importante no saldo da balança comercial brasileira. Vinte e sete por cento da safra deste ano é de Mato Grosso, o maior rebanho [de gados] é de Mato Grosso, e temos problemas muito sérios com estradas. Estão dizendo agora que não vai sair os serviços das estradas por causa da Lava Jato; Mato Grosso não tem nada a ver com a Lava Jato”, cobrou.
O senador ainda criticou o posicionamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social) de suspender a liberação de financiamento por causa de reflexos da operação Lava Jato, que teve sua 40ª fase lançada nesta quinta-feira.
“O BNDES é um banco de desenvolvimento social, não tem que ficar preocupar com crise nestes casos. Fizeram financiamento em Mariel (em Cuba), na Angola (na África), por que não podem investir em Mato Grosso que trará melhoria para o próprio país?”.
