Foto: Ahmad Jarrah/CMT
Com Reinaldo Fernandes
Já é dada como certa a volta do deputado Wilson Santos (PSDB) à Secretaria de Estado de Cidades (Secid) ainda nesta semana.
O parlamentar se licenciou da Assembleia Legislativa de Mato Grosso em novembro do ano passado e assumiu a articulação para a retomada das obras do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).
Após entendimento com o Consórcio responsável pela instalação do modal, no início de abril o tucano voltou à Assembleia, para acompanhar a votação do relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa do Mundo, que recomendava a suspensão do contrato com o grupo empresarial.
Ao Circuito Mato Grosso Wilson afirmou ser “bem provável” sua volta para a secretaria ainda nesta semana, mas não confirmou o dia.
Quando deixou a Pasta, o tucano garantiu que voltaria ao Governo assim que tal relatório fosse votado. A votação foi realizada na última quarta-feira (26).
No entanto, a permanência no Legislativo por mais alguns dias chegou a ser cogitada pelo próprio político, que revelou, na última semana, um pedido do presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (PSB).
O tucano ficaria para a votação de um pedido de autorização do Governo do Estado para empréstimo federal de R$ 900 milhões, para a retomada das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
Em conversa pelo Whatsapp, Wilson disse que a autorização da Assembleia é “necessária”.
Volta questionada
A volta de Wilson para a Assembleia Legislativa causou discórdia entre alguns parlamentares, como o presidente da CPI das Obras da Copa, Oscar Bezerra (PSB).
De acordo com Oscar, a volta do tucano só serviu apenas para atrapalhar “o bom relacionamento” e a “boa condução” das votações na Casa de Leis.
Ao apontar eventual fragilidade nos trabalhos realizados pela CPI e defender a derrubada de uma emenda ao relatório – que reforçava a orientação pela suspensão do contrato com o consórcio responsável pela realização das obras do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) – o tucano foi acusado por Oscar de agir com "conveniência".
“Eu acredito que a volta do Wilson só fez atrapalhar o bom relacionamento, a boa condução de tudo. De qualquer forma, o relatório seria aprovado e não iria mudar nada como foi proposto, mesmo que tivesse a emenda”, disse.
Oscar declarou que a volta de Wilson desagrega e que traz uma conotação de desrespeito, principalmente com o líder do Governo no Legislativo, o deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM), que, segundo o parlamentar, foi taxado de “incompetente”.
Na sessão em que foi votado o relatório da CPI da Copa, na última quarta-feira (24), Santos defendeu com unhas e dentes o atual governo, se destacando de Dilmar. O tucano deu os encaminhamentos, orientando a base aliada a votar pela rejeição de uma emenda e pela aprovação do relatório.
“Precisou o Wilson Santos vir aqui para resolver uma questão. Questão essa que não precisava ninguém, pois já ia resolver. Então, é um jogo que não funciona, desagrega”, argumentou.
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