Após a preocupação com os casos em Mato Grosso referentes ao jogo da Baleia Azul, ações de conscientização começaram a ser discutidas na rede municipal de ensino com a palestra na Escola Municipal de Educação Básica (Emeb), Ana Tereza Arcos Krause, situada no bairro Industriário II, em Cuiabá.
O primeiro passo foi uma idealização da própria diretoria da escola, principalmente pelo registro de dois casos, em estágio inicial, e outro avançado de alunos vitimas do Baleia Azul e outros jogos que levam a pessoa ao suicídio. Diante disso, a gestora educacional Olinda Gonçalves Almeida, levado em conta a determinação do prefeito, iniciou, em conjunto com a secretaria, a aproximação com os pais e responsáveis pelos alunos para debaterem medidas para prevenir o acesso a esses conteúdos e seus males.
"A gestão do prefeito Emanuel Pinheiro fala em humanização dos serviços públicos e a escola, principalmente a Emeb Ana Tereza, faz essa humanização junto aos pais porque sem que isso aconteça, nós não conseguimos que nosso objetivo seja cumprido. Precisamos ter a sensibilidade com as crianças e ninguém melhor do que os pais para sinalizar a nós [escola] como fazer isso", externou Olinda ao destacar a parceria de outrora entre a escola e os pais.
Entre os casos registrados na escola está o da filha de 11 anos de Francisca da Silva, moradora da região do bairro Industriário. A aluna da rede municipal começou a mostrar sinais de isolamento e abalo emocional, identificados pela professora da escola que passou a perceber diferenças no comportamento e, em seguida, buscou orientar os pais para juntos buscarem soluções.
"Foi o olhar da professora que me alertou. Esse olhar em relação ao estado da minha filha e sobre o que estava acontecendo em sala de aula, juntamente com os colegas de sala, foi que eu passei a observá-la em casa as mudanças. Então, senão fosse a escola eu não sei o que poderia ter acontecido. A escola foi fundamental", disse a mãe da aluna.
Essa perspectiva vem ao encontro da proposta de governo da humanização dos serviços público bem como o intuito do prefeito de dar proximidade das ações públicas ao cidadão, neste caso, em específico, as escolas e os pais.
"Precisamos enquanto poder público na figura da escola, do diretor, do professor estar próximos das crianças e também dos pais para juntos erradicarmos essa mal que vem atingindo crianças em todo país. Não vou tolerar que esse mal assole as crianças cuiabanas. O prefeito vai estar perto acompanhando essa situação junto com o secretário de Educação Rafael Cotrim para criarmos ações, junto com as mães e pais, para proteger nossas crianças. Isso é humanizar o serviço público. É preocupar com o cidadão", reforçou o prefeito Emanuel Pinheiro.
Segunda etapa
A pasta de Educação do município realiza, ainda neste mês, o segundo passo da ação de conscientização com a programação de palestras de psicólogos e demais profissionais de caráter orientativo direcionado aos professores, coordenadores e diretores de todas as Emeb.
O público final de toda a campanha serão os alunos do 2º e 3º ciclo do Ensino Fundamental (4ª ao 8ª ano) qual envolve crianças entre 10 e 15 anos que estão na pré-adolescência, fase em que as mudanças emocionais estão em pleno processo de desenvolvimento.
Baleia Azul
O 'jogo' Baleia Azul estimula os participantes a cumprirem 50 desafios, que variam entre tirar fotos enquanto assistem a filmes de terror até a automutilação. As tarefas chegam pelas redes sociais e são propostas por curadores, que fazem ameaças para a realização de todo o ritual. Para a última etapa do jogo é sugerido o suicídio.
Acredita-se que a má intenção do 'jogo' criado em 2015, na Rússia, veio à tona no momento de popularidade do seriado de TV 13 Reasons Why, ou 13 Motivos do Porquê, tradução livre, que está sendo transmitido na plataforma online Netflix. Os episódios contam a história de uma jovem que deixa deixa fitas cassetes esclarecendo as razões que a levaram a cometer o suicídio.
Com Assessoria



