Opinião

RENASCENDO DAS ESTRELAS

As primeiras folhas de outono começavam seu direcionamento ao solo fértil, suas substitutas estavam em posicionamento de fazer seus lugares; era começo de outono. Década dos anos 60; dia 8 de abril de 1968. Já se vão 42 anos.

Meu jovem coração nos últimos dias praticava ritmos não compreendidos, seus batimentos faziam-se inconstantes a cada lembrança surgida, uma sombra espiritual em forma de mulher acelerava seus compassos. Seu desequilíbrio me deixava em pensamentos vacantes em busca de respostas firmes. Minhas incertezas no conhecimento do bem querer maior deixava um vazio que se tornava doído.

Algo em meu pretérito transcendental gritava querências inimagináveis, mas meu presente era insensível por compreensões maiores; eu não conseguia discernir razões, mas sentia que de outro plano receberia respostas.

Não sabia eu que naquela noite, mais um aniversário de nossa querida Cuiabá, os Céus novamente interviriam em meus esclarecimentos e colocariam posturas firmes em meu jovem coração.

Naquela noite, além de ser dia de aniversário da cidade, seria realizado o tradicional baile das “misses da cidade”, muito tradicional na época. Era a data de escolha da mais linda representante da beleza feminina do município.

A causa de meus desequilíbrios cardíacos iria se apresentar naquela noite, não como concorrente, mas como ganhadora do cetro no ano anterior e que deveria passar à nova eleita.

Entre as concorrentes estava uma de suas irmãs, lindíssima, alta, esguia, porte e postura de nobre por vidas passadas, caráter firme de quem nasceu para brilhar; mas de coração infinitamente bondoso. Era uma das mais fortes candidatas e não deu outra: ganhou!…

E agora, como ficaria o equilíbrio emocional dessas duas deusas da beleza na transposição de seus reinados?

Foi no momento da entrada daquela musa na passarela, com jorros de lágrimas nos olhos formados pela emoção e com o sorriso mais lindo do mundo em minha direção que minhas incertezas tombaram. A vontade de tê-la pareceu não ser vez primeira, algo “dos altos” gritava verdades passadas. Nuvens de existências diziam vivencias milenares, nossos corações espirituais com certeza já se amaram por milênios.

Não resisti, meu coração chorou.

Hoje, passado quase meio século, convivo ainda condignamente com essa mulher e com certeza teremos “renascimentos” vários em nossas buscas pelo crescimento espiritual maior.

Nossos equilíbrios e energias necessárias ao continuar de nossas vidas, por mais que vaguemos nas buscas, com certeza estão escritos nas estrelas.

Zé Carlos.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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