Política

Por meio de comunicado, Silval nega acordo de delação premiada

Foto: Ahmad Jarrah

Por meio de um comunicado, o ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, negou que tenha feito acordo de delação premiada. O documento foi publicado pelo site O Independente, de propriedade da família de Silval.

O ex-governador diz que tomou conhecimento de que estava sendo noticiada uma possível delação e que teria provas e, inclusive, gravações comprometedoras.

Ele nega que tenha sido procurado pelo Ministério Público Estadual para qualquer tipo de acordo de delação e garante que  jamais fez gravação e muito menos apontou os nomes de pessoas que estão sendo citadas na imprensa.

Silval Barbosa, porém, informa que após quase dois anos preso, decidiu, junto com sua família, que irá assumir suas responsabilidades junto ao Poder Judiciário, confessando fatos pontuais  naqueles processos em que tenha praticados ilícitos penais.

O ex-governador continua, dizendo que "naqueles processos em que as acusações forem injustas", continuará se defendendo e a "postura de confessar determinados fatos não se confunde com delatar pessoas".

Silval encerra a nota dizendo que tem consciência de sempre ter colaborado com as investigações e processos e que ninguém, "absolutamente ninguém", pode dizer que ele tenha praticado qualquer conduta de obstrução.

Defesa

Advogados de defesa de Silval Barbosa já haviam negado ao Circuito Mato Grosso, em março passado, qualquer possibilidade de acordo ce delação ou colaboração.

“Não existe nenhuma espécie de tratativa de acordo entre o MPE e o Silval Barbosa. Nunca houve propostas, isso não passa de especulações”, afirmou a defesa que continuará recorrendo às instancias superiores.

As acusações

O ex-governador Silval Barbosa é acusado de chefiar um esquema de corrupção, em que cobrava propina de empresários em troca de concessão e manutenção de incentivos fiscais através do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic).

O peemedebista aparece em mais de uma dezena de ações penais oriunda da Sodoma, todas sob a tutela da Vara Contra o Crime Organizado. Além dessas ações, o ex-governador mato-grossense responde ainda por ação penal decorrente da Operação Seven.

Atualmente Silval Barbosa responde a cinco ações penais onde recebeu prisão preventiva. Duas foram revogadas – uma pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e outra pela Terceira Câmara do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) –, mas ainda três ações o mantém na prisão.

Segundo a assessoria jurídica do ex-governador, estas três prisões podem ser derrubadas de uma vez só, caso os tribunais superiores entendam pela nulidade da Sodoma. 

Veja fac-símile da nota:

Leia Mais:

Defesa diz que delação de Silval Barbosa não passa de "especulação"

Sandra Carvalho

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