O advogado e procurador da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Benedito César Correa Carvalho, 46, preso na madrugada desta quarta-feira (19), no Bairro Consil, em Cuiabá, não irá responder pelo crime de tentativa de homicídio contra uma garota de programa que disse ter sido ameaçada por ele com uma faca.
De acordo com informações da assessoria da Policia Civil, Benedito Carvalho já foi liberado do Cisc Planalto após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) – registro de um fato tipificado como infração de menor potencial ofensivo.
Conforme a assessoria, o delegado plantonista Daniel Machado não provas suficientes que pudessem indiciar o procurador pela suposta tentativa de homicídio. Desta forma, ele irá responder apenas por uso ilícito de entorpecentes (drogas) e resistência à prisão.
Na Assembleia Legislativa, a assessoria da Mesa Diretora afirmou que irá abrir um Processo Administrativo (PAD), para investigar a conduta do servidor.
Esta não seria a primeira vez que Benedito Carvalho teria se envolvido em uma confusão relacionada a ameaça. Em 2011, ele foi preso em um motel na saída da Capital para o município de Chapada dos Guimarães.
Ele estava com duas mulheres e teria as ameaçado com um revólver calibre 38. Por conta do fato, o procurador chegou a responder por processo ético na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), e administrativo na Assembleia Legislativa.
A prisão
De acordo com o boletim de ocorrências (B.O.), Benedito começou a utilizar cocaína durante o programa. Transtornado, segundo relatos da vítima L.M.A., ele pegou uma faca e começou a ameaçar a jovem, que se escondeu na cozinha do apartamento e começou a gritar por socorro. Vizinhos do servidor da Assembleia ouviram e acionaram o 10º Batalhão da Polícia Militar.
Após serem acionados, os policiais militares foram até o apartamento e arrombaram a porta uma vez que ouviram os gritos da jovem. Ao entrarem na residência, eles encontraram a vítima escondida na cozinha e o procurador da Assembleia com uma faca em punho.
Aos policiais, a garota de programa disse que havia sido contratada por Benedito Carvalho e, durante o encontro no apartamento do acusado, ele começou a usar cocaína e ofereceu a droga para a jovem, que recusou.
Ela ainda informou aos policiais que, com o uso do entorpecente, o suspeito começou a ficar alterado, falando coisas sem sentido. Foi quando o procurador pegou uma faca para tentar matá-la.
O suspeito ainda quis resistir à prisão, mas foi conduzido até o Cisc do Planalto onde ficou a disposição da justiça.
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