Foto: Willian Matos
O senador Wellington Fagundes (PR) defende cautela durante as investigações autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, nas quais o ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), é citado como destinatário do pagamento de R$ 12 milhões durante sua campanha de reeleição ao governo de Mato Grosso em 2006.
“Nada melhor do que a investigação pra mostrar os fatos, mostrar o que tem de verdade, o que existiu. Se existiu recursos como prova, é uma situação, se não existiu, não tem crime. Então, acho que nós não podemos precipitar e estar condenando ninguém, o momento é de cautela”, disse ele durante uma entrevista à Rádio Capital, na manhã desta quarta-feira (12).
Para o senador, o primeiro passo é saber se há fundamentos nas afirmações dos ex-executivos delatores da Odebrecht, uma vez que Blairo Maggi se pronunciou dizendo não ter nenhum contato ou conhecimento desses recursos em sua campanha.
Fagundes atestou também a boa imagem e credibilidade que o ministro da Agricultura "esbanja" pela capital federal. “Blairo Maggi passa por um momento muito bom em Brasília. Ele é considerado um dos ministros mais atuante. Eu prefiro acreditar que o Blairo vai mostrar e provar a sua inocência”, defendeu o senador.
Sem relações
Recentemente, Wellington Fagundes foi apontado como um dos apoiadores do ex-secretário de Estado Éder Moraes, que inclusive o teria indicado para compor o então governo de Silval Barbosa.
Sobre essas afirmações o senador negou tal relacionamento de apoio político. “Não foi indicação minha, nunca tive aproximação política com o Eder. Apesar de reconhecer, pelo que falavam da capacidade do Eder, de ser uma pessoa bastante articulada, mas eu não tive ligações políticas nenhuma com o Eder” afirmou Fagundes.
Wellington Fagundes em sua declaração frisou a importância do ex-secretário, que também trabalhou anteriormente com o governador Blairo Maggi. “Sei que ele [Eder Moraes] já trabalhava no governo do Maggi, portanto é uma pessoa que exercia um papel relevante na administração”, pontuou.