Opinião

O PLANO

Filmando esta semana uma campanha de um novo partido, divago em minhas memórias. Bate uma nostalgia. Não tem jeito. Quantos e quantos políticos que eu filmei. Comecei a fazer trampos para política na Agiltá, em Campão, para o antigo Zé do PT. Em Cuiabá, foi na Genius em 2000 e alguma coisa. Fazia a campanha de Lino Rossi. 

– João. Tá tudo pronto. Vamos gravar – falou Monstrinho, meu fotógrafo.

Estava longe de me concentrar. Corta. Ficou ruim o final. Corta. Tá bom, mas não está simpático. Corta, não está convencendo. O que aconteceu com o Brasil nesses últimos 15 anos? De bola da vez a laranja podre.

– Que foi, João, que você está distante hoje?

– Dito. Estou pensando em que ponto saímos fora da curva. 

– Jão. Jão! Antes a política interessava aos políticos. Era comandada por políticos. Depois, os administradores entraram na parada. Trazer a política pro business e lucrar com isso. Agora é a Justiça que quer o poder. Veja. Temos um governador que vem do jurídico.

– Ou seja, todo mundo quer lamber o osso.

– Por aí, caro João Gordo. Por aí. Temos que mudar essa bagaça.

Fala Dito do alto de sua sabedoria e de seus 1,90 saindo em direção à Praça da Mandioca.

João Manteufel Jr.

About Author

Mais conhecido como João Gordo, ele é um dos publicitários mais premiados de Cuiabá e escreve semanalmente a coluna Caldo Cultural no Circuito Mato Grosso.

Você também pode se interessar

Opinião

Dos Pampas ao Chaco

E, assim, retorno  à querência, campeando recuerdos como diz amúsica da Califórnia da Canção Nativa do Rio Grande do Sul.
Opinião

Um caminho para o sucesso

Os ambientes de trabalho estão cheios de “puxa-sacos”, que acreditam que quem nos promove na carreira é o dono do