Política

PF faz vistoria no apartamento de Adriana Ancelmo

 

Foto: reprodução

Por G1

Policiais federais fazem na tarde desta quarta-feira (5) uma vistoria no apartamento onde a ex-primeira dama do estado do Rio de Janeiro, a advogada Adriana Ancelmo, cumpre prisão domiciliar desde o dia 29. As informações são da GloboNews. A inspeção é a primeira realizada desde que Adriana deixou o Complexo Penitenciário de Gericinó, onde esava presa desde dezembro.

Uma confusão antes da vistoria, porém, foi relatada pelo juiz da 7ª Vara Federal Marcelo Bretas, responsável pela transferência de Adriana para seu apartamento. Ao fim de audiência na qual ouvia testemunhas de defesa no âmbito da Operação Calicute, o magistrado comunicou aos advogados de Adriana que a ex-primeira dama havia impedido a entrada dos agentes federais no imóvel.

Pouco tempo depois, no entanto, o próprio Bretas esclareceu que havia se tratado de uma confusão. Isso porque Adriana Ancelmo receberia antes de cada inspeção uma lista com os nomes dos policiais que a visitariam, mas os nomes dos agentes que foram à sua casa não constavam no ofício.

A vistoria é uma das condições para que a ex-primeira-dama possa ficar em prisão domiciliar: os policiais checam se os acessos a linhas telefônicas e à internet estão cortados no imóvel. Adriana não pode nem mesmo falar ao interfone de seu prédio e só pode receber visitas de seus advogados.

A defesa da advogada informou que "Adriana Ancelmo jamais recusaria a vistoria". Em nota, foi informado que "foi um mal entendido e que a Polícia Federal havia enviado uma lista taxativa de policiais que poderiam entrar no apartamento". Os agentes que lá estiveram, segundo o texto, "não estavam na lista". "A questão foi esclarecida, junto ao magistrado", diz a nota.

Transferência
A ex-primeira-dama foi levada por agentes federais para cumprir prisão domiciliar na noite de quarta-feira (29). Ao deixar o Complexo de Gericinó, em Bangu, Adriana foi hostilizada por parentes de presos ao deixar o presídio.

Na manhã do mesmo dia, o juiz Marcelo Bretas expediu alvará determinando que Adriana fosse levada para seu apartamento: "devendo a acusada assinar o termo de compromisso de que cumprirá todas as condições ali descritas, sob pena de imediato retorno à custódia preventiva no sistema prisional", escreveu o magistrado.

No Leblon, ela chegou por volta das 20h sob vaias e xingamentos de cerca de 50 pessoas que aguardavam no local. Os carros da Polícia Federal foram recebidos por gritos de "Volta para Bangu", além de palavrões e ofensas. Alguns chegaram a desferir tapas contra o vidro e foram afastados por agentes da PF.
A mulher do ex-governador Sérgio Cabral estava presa na ala feminina do presídio de Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste, desde 17 de dezembro. Adriana responde por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Adriana Ancelmo recebeu o benefício na sexta-feira (24), por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), sob a condição de que a casa não tivesse telefones fixos nem celulares e acesso à internet. Na tarde de terça-feira (28), agentes da Polícia Federal fizeram uma vistoria no apartamento e no prédio para garantir que o imóvel cumpra os pré-requisitos para a prisão domiciliar.

Redação

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