Foto: GCom MT/José Medeiros
O governador Pedro Taques (PSDB) criticou as declarações dadas pelo ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, a cerca de pagamento de “mensalinho” aos deputados nos anos de 2003 a 2008.
“É muito fácil!. O cidadão comete crime a vida toda, de repente vira santo e faz delação”, declarou o governador na manhã desta terça-feira (04) à imprensa.
O ex-deputado abalou as estruturas do legislativo mato-grossense após depor à juíza Selma Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado da Capital, na sexta-feira (31). Ao falar sobre esquemas na Assembleia Legislativa de desvio de verba relativo a Operação Imperador, o ex-parlamentar acabou citando nome de 33 políticos que supostamente receberam o montante de R$ 37,5 milhões da gestão Blairo Maggi (PP).
O depoimento de Riva, que ainda não foi homologada como colaboração premiada, é avaliada por Taques como “instrumento de chantagem”. “Eu quero ressaltar a importância da delação como instrumento de percepção penal e criminal, no entanto, no Brasil algumas delações estão sendo instrumento de chantagem política e até de comércio”, declarou.
Ao ser interrogado sobre se crê ou não que Riva esteja fazendo chantagem com alguns políticos, o governador se limita a responder: “não acredito no que não vejo”.
Vaga no TCE
Os candidatos à vaga no Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE), Guilherme Maluf (PSDB), Zé Domingo (PSD) e Sebastião Rezende (PSC) foram citados por Riva como recebedores do “mensalinho”.
Entretanto, Taques preferiu não comentar se as declarações de Riva pesaram sobre a homologação ou não da nomeação a conselheiro. “Eu não vou jantar antes de almoçar. Não posso desrespeitar a Assembleia Legislativa. Não sei nem se tem vaga no TCE agora. Dizem que tem conselheiro que vai se aposentar. Eu não sei se tem vaga. Quando tiver, a Assembleia indica e o Governo assina o decreto ou não”, afirma.
A vaga a qual os três parlamentares disputam foi aberta em desde dezembro de 2014, quando o conselheiro Humberto Bosaipo renunciou ao cargo por complicações com a Justiça.
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