O ex-prefeito de Lucas do Rio Verde (332 km de Cuiabá), Otaviano Pivetta (PSB), disse que teria alertado o ex-deputado José Riva a respeito de pagamento de propinas à deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, no período em que esteve na Casa de Leis como deputado estadual.
Pivetta atuou no Parlamento entre os anos de 2007 e 2010, momento em que aproveitou para dar o alerta. “Eu pedia para que ele desse mais transparências aos números da Assembleia Legislativa. Apresentei vários requerimentos na época, pedindo lotacionograma, informações de destinação dos recursos da Casa”, afirmou Pivetta em entrevista à Rádio Capital, na manhã desta segunda-feira (03). O ex-parlamentar ainda afirmou que, por conta disso, se tornou um ex-deputado frustrado.
Durante o reinterrogatório, realizado na última sexta-feira (31), Riva apresentou a juíza Selma Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado, uma lista em que ele e mais 33 pessoas aparecem como beneficiários de propina mensal no Legislativo.
Em contrapartida, o ex-parlamentar citou Pivetta e mais três como políticos que não recebiam o “mensalinho”, arrecadado do Governo do Estado, na época sob administração do ministro de Agricultura Blairo Maggi (PP).
Quanto ao não envolvimento no esquema que rolava na Casa de Leis, Otaviano Pivetta declarou que nunca recebeu nada do então deputado Riva, nem de ninguém a mando dele e que nem buscou nada que não fosse determinado aos parlamentares.
“O fato é que, realmente, eu não me sentia bem, como integrante da casa e perceber que havia um movimento de pouca transparência. Mas alertei sim, de que o que estava acontecendo poderia não terminar bem, que no momento que tivesse algum problema, todo mundo iria virar as costas pra ele [Riva]”, justificou Pivetta.
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