Fotos: Willian Matos
O barranco na margem do Rio Cuiabá, no Bairro Alameda, em Várzea Grande (MT), está desmoronando em diversos pontos. No local mais crítico, que fica nas proximidades da Ponte Júlio Muller, a cratera já invadiu totalmente a faixa destinada aos ciclistas e começa a entrar na Alameda Júlio Muller.
O Circuito Mato Grosso esteve no local pela segunda vez e foi possível constatar que o buraco já adentrou cerca de 50 centímetros no rumo do asfalto, em pouco mais de dois meses de intervalo. Na primeira vez, no dia 26 de janeiro deste ano, ainda existia um pedaço da ciclovia, agora até o meio fio pode cair dentro do rio.
Segundo o morador do bairro e presidente da Federação de Pescadores do Estado de Mato Grosso, Belmiro Lopes, o problema existe há mais de quatro anos e que vários agentes públicos foram ao local, mas a população não recebeu mais do que promessas vazias dos políticos.
“Corre o risco de morrer alguém, além daqueles postes de luz cair, estamos nessa calamidade aí. Espero que não aconteça nenhum acidente, que Deus ajude que não aconteça”, relata Belmiro Lopes.
Ainda segundo Lopes, todos os moradores do bairro estão preocupados, pois já caíram duas pessoas dentro da cratera, que fica exatamente em uma curva do rio. Por isso, segundo Lopes, o barranco não para de desmoronar, pois a água corre com muita força, lavando as laterais do rio.
Na parte de baixo é possível observar galhos de arvores, pedaços de concreto da ciclovia, pedaços de meio fio, além de todo o tipo de material plástico, que está sendo levado pelas águas.
Segundo Belmiro, é necessário construir uma contenção para resolver o problema, mas já foi chamado gestores do Estado, município, assim como veículos de comunicação para divulgar o problema, mas nenhuma solução foi apresentada. “Sai uma turma e entra outra e nada acontece”, reclama o pescador.
O seu Antonio da Silva mora no bairro há mais de 50 anos e critica os políticos do município. Segundo ele a classe política não faz nada para resolver o problema e que só “serve para roubar”. “Quando cair tudo, não tiver acesso para ninguém, aí eles vão tentar vir com o carro de areia pra tapar o buraco”, reclamou.
Outro lado
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) informou que a responsabilidade sobre a intervenção ou recuperação das margens é descentralizada, por isso, a incumbência seria do município de Várzea Grande.
Já a prefeitura da cidade, por meio do secretário de Comunicação, Marcos Lopes, informou que está sendo concluído um projeto para uma intervenção no local. Ainda segundo Marcos, não será uma obra simples e nem barata.
Lopes ainda disse que a obra vai precisar de ajuda do Estado para ser realizada e que já foi realizada uma reunião preliminar com o vice-governador e secretário da Sema, Carlos Fávaro, que sinalizou uma previsão de recursos.
“Estamos tomando a providencia para ver como consegue primeiro parar a erosão e segundo como fazer a recuperação desse espaço. Ainda tem a possibilidade de recursos federais para urbanizar aquele local”, informou o secretário.
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