Um aplicativo de celular, lançado em dezembro do ano passado em Nova Mutum (MT), promete revolucionar a forma como as pessoas compram remédios e marcam consultas e exames laboratoriais sem precisar pagar plano de desconto. O aplicativo Rede Saúde Legal já congrega 20 farmácias em Cuiabá e Várzea Grande, além de 250 médicos em todo o Estado e com projeção de se expandir para todo o Brasil.
O aplicativo nasceu da necessidade das pessoas encontrarem melhor atendimento nas farmácias, que segundo um dos criadores, Eugênio Mazzini, se tornaram balcões de supermercados. Além de Mazzini, outras 27 pessoas de diferentes profissões contribuíram para a elaboração do software.
Segundo o empersário, as farmácias que desejam aderir à plataforma digital deve ter em mente que o foco é a qualidade do atendimento ao cliente e preço. Ele argumenta que esta é uma “sementinha” plantada, que tem como objetivo promover uma “regulação dos serviços de farmácias” pelo próprio consumidor e diminuir em 10% a automedicação.
Atualmente o aplicativo possui farmácias e médicos cadastrados nas cidades de Cuiabá; Várzea Grande; Colniza; Tangará da Serra; Sinop; Sorriso; Nova Mutum; Poconé e Nobres.
Para utilizar o aplicativo, o cidadão deve primeiro fazer o download do software na loja de aplicativos do Google (Play Store) e fazer um cadastro com o e-mail ou login com o Facebook. Após isso, ele deverá informar um número de celular para obter o retorno das farmácias.
Após isso é só pressionar o botão que tem o sinal da digital de um dedo, e então, a farmácia vai ligar para o cliente e perguntar em que pode servir o cliente. Através desse procedimento, o paciente pode ter acesso a um medicamento e até um médico especialista para marcar uma consulta.
Para marcar uma consulta com um médico, o paciente deve fazer o mesmo procedimento. Após receber a ligação, o cidadão vai informar que precisa de um médico de determinada especialidade e os atendentes passarão uma relação de médicos e valores das consultas, assim como a proximidade em relação a casa ou local em que está o cidadão.
Mazzini assegura que os preços cobrados pelos profissionais da saúde são semelhantes às tabelas de planos de saúde, como o da PAX. Já as farmácias oferecerão de acordo com a sua capacidade, “sem nenhum tipo de imposição”, garante Mazzini.
“A nossa preocupação é tonar um preço único, é tudo cidadania, quanto mais a gente cresce, mais motivamos as distribuidoras a ajudarem as farmácias. Assim as farmácias terão mais condições de oferecer um serviço ao cidadão com o preço ótimo”, explicou Eugênio Mazzini.
Há ainda a vantagem de não gastar crédito do celular ou utilizar telefone fixo, já que é necessária apenas a internet para pressionar o botão e aguardar a ligação. Ao final do atendimento, o paciente poderá ainda avaliar o estabelecimento.
De acordo com Mazzini, quando o estabelecimento recebe uma nota negativa, ele vai para o final da fila de atendimento e ficará mais distante do consumidor. Ele então poderá saber o motivo da nota negativa para melhorar naquilo que for preciso.
“Quando isso acontecer nós vamos ligar para o paciente para saber o motivo da nota negativa. Aí então é passado um feedback à farmácia para analisar onde precisa melhorar, para poder ficar em cima”, garante Mazzini.
Mazzini ainda explica que o motivo do aplicativo se chamar “Rede Saúde Legal”, é que para a farmácia entrar no projeto ela deve estar totalmente legalizada, como possuir um farmacêutico responsável e todas as certidões, que são passadas à administração do aplicativo mensalmente.
Ele compara programa ao Uber e que espera atingir pelo menos 200 mil pessoas em Cuiabá, mas que isso será feito através da publicidade boca a boca. “É isso que todo ser humano gostaria que acontecesse. Alguém que ligasse e dissesse: Cara como eu posso te servir?”, finalizou Eugênio.