Foto: Ahmad Jarrah
Com Cíntia Borges
O secretário de Estado de Segurança Pública (Sesp), Rogers Elizandro Jarbas, afirmou que dois casos recentes evolvendo a suspeita de abuso de autoridade de truculência de policiais militares não podem colocar em suspeita toda a força de segurança de Mato Grosso. A declaração foi feita na tarde desta sexta-feira (24), durante entrega de 80 mil uniformes para a rede estadual de educação.
O secretário deu a declaração, após comparar o número de profissionais de segurança do Estado, com os casos de desvio de conduta.
“Nós temos mais de 15 mil profissionais de segurança pública no Estado, e temos apenas dois casos de violência. Ou seja, de 15 mil profissionais, o registro de duas situações, que estão sob investigação, não mancha a imagem da segurança”, disse o secretário.
Um dos casos em que o secretário se referiu, é em relação a um jovem desaparecido depois que foi visto entrando em uma viatura da Polícia Militar na cidade de Rosário Oeste (128 km de Cuiabá-MT).
O inquérito policial que apurou o desaparecimento do jovem foi concluído pela Polícia Judiciária Civil, e no final da apuração foi representado pela prisão preventiva de três policiais militares, apontados nas investigações como os responsáveis pelo sumiço do rapaz, visto pela última vez no dia 13 de dezembro de 2016, depois de uma abordagem policial.
O outro caso é do pedreiro Benilson da Silva, 29, que morreu durante abordagem de policiais militares na noite de domingo (19) no Bairro Santa Rosa II, em Cuiabá (MT). Familiares e amigos afirmaram que o boletim de ocorrência não condiz com o fato e que houve abuso de autoridade.
O Comandante Regional da Polícia Militar (CR-1), coronel Edgar Mauricio Monteiro Domingues informou que um Inquérito Policial Militar (IPM) foi aberto para averiguar a ação policial.
A Corregedoria da PM recebeu na tarde de segunda-feira (20) a denúncia contestando a ação policial. Além disso, coletou depoimentos da família do cidadão, que serão anexados no inquérito instaurado.
O secretário ainda ressaltou que todos os casos de agressão ou abuso que chegarem as corregedorias ou forem denunciados devem ser apurados com imparcialidade.
“Se apontar nas investigações que o profissional acertou, nós vamos apoiar os profissionais, agora se errou, vamos aplicar as medidas administrativas, e cabíveis”, explicou ele.
Concurso
O secretário daproveitou a oportunidade para reiterar os investimentos na segurança com a realização de concursos para a área.
“Já saiu o edital para 100 vagas para delegado de Polícia Civil, 42 vagas para técnico de necropsia, 100 vagas para papiloscopista. Estamos preparando o edital para 1.200 vagas para a Polícia Militar e 1.200 vagas para a Polícia Civil, além de 100 vagas para soldado nos bombeiros”, finalizou o secretário.