Cidades

Pacientes sofrem em fila de espera por cirurgia no Metropolitano

Foto Ahmad Jarrah/Luciene Lins

Com Luciene Lins

As enfermarias do Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande estão abarrotadas de pacientes que aguardam há quase um mês por procedimentos ortopédicos de alta complexidade no Hospital Metropolitano de Várzea Grande. O Circuito Mato Grosso foi até o local e conversou com pacientes.

Um dos casos é o da aposentada Maria José da Silva Oliveira, 72 anos, que saiu de Poconé (112 km de Cuiabá) para realizar a cirurgia no Hospital Metropolitano. Dona Maria ficou internada durante uma semana em Poconé por problemas na coluna. Ao chegar no Pronto-Socorro de Várzea Grande descobriu que tinha hérnia de disco.

Ela já aguarda pela cirurgia há 20 dias. “Os procedimentos médicos estão todos ‘ok’, mas não aparece vaga. Ela já é uma idosa, sente muitas dores, mas não acha vaga. Os médicos riem da gente dizendo para esperar”, disse Glecima Fatima de Oliveira, filha de dona Maria. 

A vendedora, Lucilene Laura Velasco, 35 anos, também aguarda por uma cirurgia ortopédica no Hospital Metropolitano. A paciente quebrou o fêmur e o braço em um acidente de moto e está no hospital há 15 dias.

Devido ao tempo, a vendedora adquiriu escaras – feridas que surgem por ficar muito tempo na mesma posição. “Os médicos pedem apenas para gente esperar. O meu bumbum está com feridas e eles não fazem nada. O Pronto Socorro está ficando um caos”, criticou a vendedora.

Maus tratos

As duas pacientes ainda declamaram que o atendimento por parte dos enfermeiros é omisso. Lucilene contou que durante os 15 dias que está no hospital, os enfermeiros deram medicamento errado para ela.

“Eu tomei um remédio e imediatamente passei muito mal… Depois a enfermeira colocou na ficha o medicamento me fez mal para que eu não voltasse a bebê-lo novamente”, relatou a vendedora.

Em outro caso, uma das pacientes recebeu o medicamento em mãos por um dos enfermeiros, mas constatou que não era seu, pois o nome de identificação não batia. “Ela foi lá reclamou com a enfermeira que disse que foi engano”.

Outro lado

A assessoria de imprensa de Várzea Grande, responsável pelo Hospital e Pronto-Socorro do município, informou a reportagem que em casos de maus tratos ou qualquer tipo de reclamação quanto aos servidores, deve ser encaminhada a ouvidoria geral tanto do SUS, quanto da prefeitura, pelo 0800 647 4142.

A reportagem tenta contato com a Secretária de Saúde do Estado (SES) desde quinta-feira (23), responsável pelo Hospital Metropolino, mas não obteve respostas.

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Cintia Borges

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