Um homem de 75 anos vítima do ataque desta quarta-feira em Londres morreu na noite desta quinta, informou a polícia da cidade. Com a nova morte, no total o atentado deixou cinco mortos, incluindo o agressor.
A nova vítima mortal "estava recebendo tratamento médico no hospital após o ataque, mas lhe foi retirado o suporte vital esta noite", informou um porta-voz da Scotland Yard.
O homem que morreu não foi identificado pela polícia. As outras vítimas foram o americano Kurt Cochran, que estava viajando com a mulher pela Europa, a professora britânica Aysha Frade, de 43 anos, e o policial britânico Keith Palmer, de 48 anos, que foi morto a facadas pelo agressor.
O autor do ataque, que foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico, foi identificado como o britânico Khalid Masood.
A polícia disse que Masood, de 52 anos, nasceu no condado de Kent, no sudeste da Inglaterra, e estava mais recentemente morando na região de West Midlands, no centro do país.
"Masood não era alvo de nenhuma investigação atual e não havia informação anterior de inteligência sobre sua intenção de realizar um ataque terrorista", disse a Polícia Metropolitana de Londres em comunicado. "Entretanto, ele era conhecido da polícia e tem uma série de condenações anteriores por agressões, posse de armas e ofensas à ordem pública".
A polícia disse que Masood nunca foi condenado por ofensas ligadas a terrorismo. Sua primeira condenação foi em 1983 por danos, e sua última foi em dezembro de 2003 por posse de uma arma.
Prisões
Oito pessoas foram detidas nesta quinta em ao menos seis endereços de Londres, Birmingham e outras regiões do Reino Unido por suspeita de ligação com o atentando terrorista. A polícia londrina afirmou que todas as oito pessoas presas, com idades entre 21 e 58 anos, são suspeitas de preparar atos terroristas.
Também informou que ainda estava fazendo buscas em propriedades no País de Gales, na cidade de Birmingham e no leste de Londres. Segundo seu comunicado, centenas de detetives estão envolvidos na investigação.
Feridos
De acordo com as autoridades, 40 pessoas ficaram feridas no ataque, entre elas três policiais. Uma mulher, gravemente ferida, foi retirada do Rio Tâmisa. Na manhã desta quinta, 29 pessoas permaneciam hospitalizadas.
A polícia informou mais cedo que cinco delas estavam em estado crítico, e outras duas tinham ferimentos que apresentam risco de vida. Não está claro se o homem que morreu nesta quinta era um deles.
Entre os feridos estão 12 britânicos, crianças francesas, dois romenos, quatro sul-coreanos, um alemão, um chinês e dois gregos.
Ataque
O ataque começou quando o agressor atropelou um grupo de pessoas ao passar pela Ponte de Westminster, diante do Big Ben. Em seguida, ele deixou o carro e avançou em direção ao Parlamento, atacando um policial com uma faca. O policial ferido não resistiu e morreu.
Pouco depois, foram ouvidos disparos. Outros agentes reagiram e balearam o agressor, que também acabou morrendo.
A empresa de locação de veículos Enterprise disse que o carro usado no ataque foi alugado em sua agência de Spring Hill, em Birmingham, que fica em West Midlands.
Antes do atentado, a premiê britânica, Theresa May, tinha participado da sessão semanal de perguntas ao governo na Câmara dos Comuns.
A rainha Elizabeth enviou condolências às pessoas afetadas pelo ataque. "Meus pensamentos, minhas orações e minhas mais profundas condolências estão com todos aqueles que foram afetados pela terrível violência de ontem", disse a monarca em comunicado.
Observou-se um minuto de silêncio no Parlamento e diante da sede da polícia da Nova Scotland Yard às 9h33 (horário local) em homenagem às vítimas — 933 era o número do uniforme de Keith Palmer, o policial esfaqueado que perdeu a vida.