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O secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, Ricardo Tomczyk, afirmou que embora nenhuma planta frigorífica em Mato Grosso tenha sido alvo da Operação Carne Fraca, a produção de origem animal no Estado também sofrer consequências negativas, principalmente no que tange a imagem do mercado brasileiro no exterior.
“Nós, felizmente, não tivemos nenhum caso [de investigação] em nossos frigoríficos e com nenhum dos fiscais do Estado. Mas, com certeza, os efeitos colaterais dessa operação vão acabar nos atingindo”, disse o secretário, em entrevista à Rádio Capital FM, nesta segunda-feira (20)..
“O que precisamos agora é preservar a nossa imagem. Acredito que o que mais saiu arranhando nesse processo todo foi à imagem do País, como grande exportador de carne. Acho que isso é o grande prejuízo que estamos sofrendo nesse momento”, completou.
Mato Grosso é o Estado que possui maior rebanho bovino do Brasil, além de ter um dos maiores rebanhos suínos do País. No Estado, existem frigoríficos que exportam carne bovina direto para os Estados Unidos, além de ter o maior processador de carne suína do Brasil, em Lucas do Rio Verde.
Diante da repercussão internacional, Tomczyk tentou tranquilizar os consumidores brasileiros, afirmando que a inspeção sanitária no Estado atende “perfeitamente" todos os quesitos internacionais de segurança.
Ainda de acordo com Tomczyk, após a deflagração da operação, na última sexta-feira (17), foi realizada uma reunião emergencial com o presidente do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea), Guilherme Nolasco, e com o presidente do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), Luciano Vacari.
O objetivo seria preparar uma estratégia de enfrentamento aos efeitos da Operação. Segundo Tomczyk, o momento é de se diferenciar no mercado como um todo.
A Operação
A Operação Carne Fraca foi deflagrada pela Polícia Federal (PF), na última sexta-feira (17), e investiga 40 empresas do ramo alimentício no Brasil.
Além disso, 21 frigoríficos foram alvos de mandados de busca e apreensão e 33 funcionários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), são investigados por cobrar propina para fazer vistas grossas durante a fiscalização.
As investigações apontam diversas irregularidades, como inclusão de carne de cabeça em linguiça, "maquiagem" de carnes estragadas para serem vendidas no comércio e até papelão moido.
As fraudes se encontravam principalmente na produção de embutidos, como salshichas e mortadelas.