Contra o agronegócio, mais de 500 mulheres estão acampadas no Centro Esportivo do Bairro Quilombo, em Cuiabá (MT), nesta segunda-feira (6). O movimento faz parte da “Jornada Nacional de Luta das Mulheres” e tem como objetivo denunciar supostos retrocessos que a politica pública federal e estadual vêm sofrendo.
O acampamento deve continuar até a quarta-feira (8) e reúne mulheres do campo e da cidade, de diversos municípios do Estado de Mato Grosso. O movimento tem como lema “Estamos todas despertas. Contra o capital e o agronegócio. Nenhum direito a menos”.
Dentre os “retrocessos” denunciados pelas manifestantes estão a Médida Provisória (MP) 759, na qual altera as leis que regulam a reforma agrária e a regularização fundiária no país, a Reforma da Previdência e a Reforma Trabalhista. Além disso, está na pauta de manifestações a Reforma do Ensino Médio e o Projeto de Emenda à Constituição (PEC) 55, mais conhecida como PEC do Teto.
“A MP 759 acaba com a possibilidade de realização da reforma agrária, além de permitir a privatização das terras publicas; a Reforma da Previdência desconsidera as diferentes relações de trabalhos entre campo e cidade, homens e mulheres. Já a reforma trabalhista precariza ainda mais as relações de trabalhos”, informa comunicado divulgado pelos manifestantes.
A programação ainda conta com atividades culturais, de formação e mobilização das mulheres que denunciam o retrocesso nas políticas publicas. Além disso, discorrem sobre o alto índice de violência doméstica, social e institucional, da qual ainda são vitimas.
