Política

Financiamento público de Carnaval é “ridículo e horrível”, diz vereador

Foto Ahmad Jarrah

O vereador Abilio Brunini (PSC) voltou a externar seu posicionamento contrário ao financiamento público do Carnaval. Brunini afirmou que a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) poderia gastar de forma “mais inteligente” a verba pública com a destinação de dinheiro para aulas de músicas nas escolas.

“Se você conseguir estimular uma criança a aprender música, vai transformar a vida dessa criança pelo resto da vida. Agora, se você gastar no Carnaval acaba ali e ainda acontece de destruírem patrimônio público”, disse Abilio.

O parlamentar afirmou que achou “horrível e ridículo” o Legislativo estadual ter destinado todos os 6,5% das verbas para o Carnaval. Em sua avaliação, a festividade não agrega valor cultural ao Estado.

“Não está escrito em lugar algum que a Casa tem que destinar todos os 6,5% para o Carnaval”, afirmou.

O vereador também requereu uma audiência pública para discutir o tema. Segundo Abilio, o objetivo da audiência é “encontrar e compreender qual é o verdadeiro valor cultural do Carnaval”. Para o parlamentar, o Carnaval realizado em Cuiabá é importado de outas regiões do Brasil e deve ser financiado pela iniciativa privada.  

Ele defende que seja financiado pelo Poder Público apenas quando os foliões aprenderem a se comportar, como não aproveitar da fragilidade das crianças e adolescentes. Assim como não transmitir doenças sexualmente transmissíveis, não dirigir bêbado e não urinar em todos os cantos de praças públicas. “Esse não é o tipo de cultura que nós queremos estimular”, explica.

Abilio ainda disse ficar chateado com a interpretação que muitos fazem a respeito do seu posicionamento. Ele declarou que não é contra a festa, mas que o Poder Público não deve financiar algo que traz danos sociais e tumultua as unidades de saúde. 

“Fico chateado quando começam a chamar uma pessoa de ‘crentinha’ ou que por ela ser crente não tem direitos. Assim como eu fico chateado quando tentam desqualificar uma pessoa porque é negra ou porque é homossexual. Eu não admito o preconceito”, afirmou o vereador. 

Felipe Leonel

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