Foto Ahmad Jarrah
O vereador Abilio Brunini (PSC) defendeu que a Prefeitura de Cuiabá mantenha a decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) de suspender, provisoriamente, a licitação de iluminação de LED, no valor de R$ 712 milhões.
O certame foi realizado pelo ex-gestor Mauro Mendes (PSB), ao final do mandato e foi questionado pelo TCE, sob suspeita de direcionamento de licitação e outras supostas irregularidades.
Ele ainda sugeriu que o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) tome "cuiadado", realizando um estudo para avaliar os impactos e benefícios da licitação. Segundo Abilio, é necessário observar e garantir os benefícios da nova iluminação, já que o valor é expressivo e iria afetar o caixa do Executivo.
“A prefeitura deve fazer uma revisão do contrato, o custo inicial é muito grande, mas pode se justificar ao longo do tempo pela economia. R$ 712 milhões é um supercontrato. De supercontrato nós temos o da CAB e a memória não é muito boa”, afirmou Abílio.
Os serviços de saneamento da capital foram concessionados à CAB Cuiabá, no mandato do ex-prefeito Chico Galindo (PTB), em 2012, e aprovado pela Câmara, pelo valor de R$ 200 milhões.
Transporte Coletivo
Brunini ainda afirmou que não recomendaria a realização de uma licitação de transportes neste momento, já que o plano de mobilidade urbana do município está defasado. A licitação poderia prejudicar ainda mais a população, pois implicaria em contratar o “produto errado”.
“Depois de licitar o produto errado a gente vai ter que ficar com esse produto, por que foi assim que a gente licitou. Eu acho que antes de licitar, precisa-se de elaborar um plano de transporte coletivo”, argumentou.
Para realizar um novo certame, Brunini disse que é preciso estudar como o transporte coletivo interage com a cidade e que não é preciso esperar o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) ser concluído.
“Nós podemos buscar mecanismos que conecte a rede de transporte público à possível realidade do VLT”, declarou.
O vereador disse ainda que atualmente elabora um projeto que irá mudar a maneira como o transporte público é tarifado, mas preferiu não dar detalhes. “É um projeto desafiador, que vai mudar a rede e o formato da tarifa”, acrescentou Brunini.
Ciclovias
Abilio, que se auto intitula “ciclo ativista” nas horas vagas, reclamou das ciclovias na cidade. Ele afirmou que a programação indica a presença de 19,1 km de ciclo faixas, mas na realidade não passa de quatro quilômetros e alguns pedacinhos, que ele chamou de ‘ciclo falsas’.
Ele também defendeu que as faixas exclusivas para ciclistas sejam arborizadas e que sejam criados pontos de hidratação na cidade. Ainda seria necessário um estudo demográfico para entender a topografia da cidade.
“Essa é uma das minhas bandeiras preferidas, mas as ciclovias precisam ser eficientes. Nós precisamos conectar as redes de trabalho no Distrito Industrial, os parques e as escolas, para que as crianças possam ir estudar de bicicleta”, justificou.