Um bebê, vítima de um ritual de magia negra, teve alta do hospital onde estava internado, para retirar agulhas metálicas inseridas no abdômen e cabeça. A menor de cinco meses ficou dois meses internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e passou por quatro procedimentos cirúrgicos.
Apesar de apenas uma agulha ter sido retirada, ela teve alta da Santa Casa de Rondonópolis (214 km de Cuiabá) e deve continuar sendo acompanhada da equipe médica. O juiz Valter Fabrício Simioni da Silva, da Vara da Infância e Adolescência da Comarca de Jaciara, determinou que a menor fique sobre a tutela da avó materna.
Os pais da criança, Wellington De Jesus Costa, 28, e a mãe A.C.S.S., 17, foram indiciados pela Polícia Judiciária Civil (PJC) pelo crime de tentativa de homicídio e estão presos preventivamente.
O caso aconteceu em São Pedro da Cipa (148 km) e foi descoberto pela polícia no dia 11 de dezembro do ano passado, quando a mãe levou a criança no hospital aos prantos e apresentando lesões na cabeça.
O bebê foi encaminhado para hospitais de Jaciara e Rondonópolis, onde passou pelas primeiras cirurgias emergenciais, mas sem êxito.
O delegado Marcelo Melo de Laet, responsável pelo inquérito policial, indiciou os pais da criança e outras três pessoas. O pai teria recebido R$ 250 para permitir que a filha tivesse as agulhas introduzidas no corpo.
Já Iraci Queiroz dos Santos, 42, a “Baiana”, é acusada de comandar o ritual, a filha dela, Débora Queiroz dos Santos e o marido da jovem, Ricardo César dos Santos, também estão presos acusados do crime de tentativa de homicídio triplamente qualificada contra a criança.
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Com GazetaDigital