A Polícia Militar concluiu o Inquérito Policial Militar (IPM) que investiga a morte do aluo do Corpo de Bombeiros, Rodrigo Patrício Lima Claro, 21. Rodrigo sofreu uma hemorragia cerebral após sessão de afogamentos, durante treinamento na Lagoa Trevisan, no dia 10 de novembro de 2016.
O IPM, que possui dois volumes de aproximadamente 200 páginas cada um, foi entregue ao corregedor do Corpo de Bombeiros, coronel Marcos Hübner, que terá pelo menos 20 dias para analisar o relatório.
Caso haja necessidade de mais algum depoimento, ele devolverá o documento ao relator. Mas se entender que não faltam informações, Hübner deverá homologar os papeis e encaminhar para a promotoria da Justiça Militar. De acordo com a assessoria de imprensa, isso deverá ser finalizado até o início do mês de março.
A família acusa a tenente Izadora Ledur de Souza de tortura e que ela está se escondendo. Ledur não compareceu na Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), para prestar depoimento, que estava marcado para o último dia dois.
A mãe de Rodrigo Claro, Jane Patrício, disse que a tenente está ‘brincando com a cara das pessoas’. “Está acostumada a fazer e acontecer, ficar tudo por isso mesmo, por que tem gente que passa a mão na cabeça dela”, afirmou Jane, sobre o não comparecimento da tenente na DHPP.
Jane lembra ainda que falta apenas o depoimento de Ledur, para que as investigações prossigam na Delegacia de Homicídios e alega que isto está procrastinando as investigações. Ainda não foi marcada uma nova data para o depoimento. Para Jane, não há motivos para ‘tanta enrolação’.
Ela Reclama que primeiro foi um laudo do Instituto Médico Legal (IML), que demorou semanas para ser assinado e o mais difícil já foi feito, que seria ouvir as testemunhas. No IPM, foram ouvidos os 36 colegas de Rodrigo, além de oficiais, médicos que atenderam o jovem e laudos periciais médicos anexados.
“Eles tiraram da minha convivência a coisa mais preciosa que eu poderia ter, que é meu filho. Se eles querem me vencer pelo cansaço, se enganaram, pois eles que vão perder. Eu não vou me cansar jamais, nessa luta eu vou até o fim”, afirmou.
A mãe de Rodrigo ainda reclama do veto do Governador ao projeto de lei do deputado estadual Wagner Ramos (PSD), que proíbe excesso em treinamentos militares. Pedro Taques vetou o projeto no dia 7 de fevereiro, sob o argumento de que já existe lei federal que trata o tema.
“O governador ouviu o Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, que lógico que serão contra esse tipo de projeto. Ele só se esqueceu de ouvir as famílias e a sociedade. Só ouviu as instituições que causam esse tipo dor”, protestou Jane Patrício, alegando que ficou muito triste com o veto.
(Com informações: Gazeta Digital)
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