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Gaeco ainda procura “falso chinês” acusado de estelionato

Foto: Marcus Mesquita/MidiaNews

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) ainda está à procura do comerciante Mauro Chen Guo Quin, um dos réus na ação penal derivada da Operação Castelo de Areia, que investiga golpes milionários, por intermédio das empresas American Business Corporation Shares Brasil Ltda e Soy Group Holdin America Ltda.

De acordo com a denúncia, Mauro Chen se apresentava como dono de um banco estrangeiro, e atuava diretamente na tratativa dos empréstimos fraudulentos.

O promotor de Justiça Samuel Frungilo, afirmou que o Gaeco não tem informações do paradeiro do réu, desde que a operação foi deflagrada, no dia 26 de agosto de 2016.

“A informação que tenho é que ele ainda não foi localizado. No entanto, continua figurando como réu na ação. Diligencias estão sendo feitas na tentativa de localiza-lo. Acredito que é uma pessoa que pode esclarecer alguns fatos importantes neste processo”, disse o promotor, na tarde desta quarta-feira (8), após três supostas vítimas do grupo terem prestado depoimento à juíza Selma Arruda.

Frungilo explicou que, caso o suposto chinês não seja encontrado, o processo penal em relação a ele deve ser desmembrado, dos demais réus.

“Se ele, realmente, não for localizado, o processo terá que ser desmembrado. Se, posteriormente, ele for encontrado, o processo [em relação a ele] volta a andar. Ele não tem defensor constituído no processo e está em local incerto e não sabido”, declarou.

“As oitivas de hoje não podem ser aproveitadas em relação as acusações contra ele. A informação que nós temos é que ele é brasileiro. Mas não se ele pode estar no exterior”, completou.

Na ação, além de Mauro Chen também são réus: o ex-vereador por Cuiabá, João Emanuel; o irmão do ex-vereador, o advogado Lázaro Roberto Moreira Lima; o pai dos dois, o juiz aposentado Irênio Lima; os empresários Walter Dias Magalhães Júnior, sua mulher Shirlei Aparecida Matsouka Arrabal, e Marcelo de Melo Costa; e o contador Evandro José Goulart.

Presidente de banco

De acordo com a denúncia, a suposta organização criminosa lucrou mais de R$ 50 milhões, por meio de crimes de estelionatos. Em um dos golpes aplicados pelo Grupo Soy, Mauro Chen foi apresentado como um chinês, presidente de um banco internacional.

O Gaeco apontou que João Emanuel teria utilizado o falso chinês para convencer o empresário Edson Vieira dos Santos a aceitar um suposto investimento em parceria com a China, fazendo com que o investidor emitisse 40 folhas de cheque, que juntas somam o valor de R$ 50 milhões. O ex-vereador fingiu ser intérprete e falar mandarim.

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Felipe Leonel

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