Literaturas que valorizam a diversidade étnica e cultural afro-brasileira e africana são uma ótima alternativa para abordar os conteúdos exigidos pela lei 11.645/2008, que obriga o ensino da "História e Cultura afro-brasileira e africana" nas escolas de Ensino Fundamental e Médio das redes pública e privada de todo Brasil.
A Editora Paulinas lançou em 2016 a obra “Tem oba-oba no Baobá: histórias com perfume de África”, de Claudia Lins. A obra apresenta ao pequeno e jovem leitor histórias sobre pessoas e lugares especiais, como os quilombos brasileiros, cheios de mistérios da África.
O título da obra remete ao baobá, árvore sagrada para muitos povos africanos, que floresce uma vez por ano e vive por séculos. É uma árvore já lembrada no clássico livro “O pequeno príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry. Habita as estepes e florestas da Austrália e do continente africano, onde é chamada de embodeiro. No Brasil recebeu os nomes de calabaceira ou barriguda.
A obra “Tem oba-oba no baobá: histórias com perfume de África” é dividida em quatro partes: “Histórias com perfume de África que a tartaruga contou”, “A flor mágica do baobá”, “Como as histórias do céu vieram parar na terra” e “Tem oba-oba no baobá”. Trata-se de uma obra que remete às histórias que são contadas pelos griot, contadores de histórias que têm uma função especial que é a de narrar as tradições e os acontecimentos de um povo.
No caso de “Tem oba-oba no baobá: histórias com perfume de África” são lendas do povo africano e sua influência no Nordeste do Brasil. As ilustrações ficam a cargo do ilustrador Mauricio Negro que nos presenteia com belas imagens que remetem à cultura africana.