Internacional

Primeiro-ministro australiano é acusado de ‘comprar’ as eleições

O primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, foi acusado nesta quinta-feira (2) de ter "comprado" sua vitória eleitoral do ano passado, depois que admitiu ter doado pessoalmente mais de um milhão de euros para financiar a campanha do Partido Liberal.

O ex-executivo bilionário do setor bancário havia evitado até o momento qualquer pergunta sobre o financiamento de seu partido, mas mudou de postura durante uma entrevista para a Australian Broadcasting Corporation.

"Contribuí com 1,75 milhão de dólares australianos (R$ 4,1 milhões), esta é minha contribuição. Aconteceram conversas e especulações sobre o tema, então é isto", declarou na quarta-feira à noite.

O jornal Sydney Morning Herald afirma que esta seria a maior doação pessoal da história da Austrália.

A coalizão conservadora liderada pelo Partido Liberal venceu por pequena margem as eleições legislativas de julho do ano passado.

A oposição trabalhista considera que o primeiro-ministro comprou a vitória. "Isto fede. Malcolm Turnbull teve que pagar para sair de um problema", afirmou Jim Chalmers, "ministro das Finanças" do gabinete fantasma.

"Ele não conseguiria vencer as eleições por seus próprios méritos, então teve que abrir a carteira. Se não tivesse 1,75 milhão de dólares para desperdiçar, ele não seria o líder do Partido Liberal e não seria o primeiro-ministro".

A imprensa afirma que os recursos foram usados para pagar por anúncios publicitários, correspondência em massa e pesquisas. A fortuna de Turnbull está avaliada em 200 milhões de dólares australianos.

O ministro das Finanças, Scott Morrison, denunciou uma tentativa de "difamação sórdida" por parte de "um politico sórdido, que pertence a um partido de políticos sórdidos, liderado por Bill Shorten".

Os partidos políticos australianos são financiados com base em seus resultados eleitorais. Mas recebem o dinheiro apenas depois das eleições e precisam pedir doações para os gastos de campanha.

Qualquer doação superior a 13.000 dólares australianos (R$ 31 mil) deve ser declarada. O pagamento de Turnbull não estava nos dados publicados esta semana pela Comissão Eleitoral australiana sobre o exercício encerrado em 30 de junho. A pressão sobre Turnbull cresceu consideravelmente para que ele se pronunciasse sobre o tema.

Fonte: G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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