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Permínio Pinto diz que foi omisso diante das fraudes; fotos e vídeo

Imagens: Valquíria Castil

Com Valquíria Castil

O ex-secretário de educação do Estado, Permínio Pinto, acusado de chefiar o esquema de fraudes em licitações na Secretaria Estadual de Educação (Seduc), presta novo depoimento ao Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na tarde desta sexta-feira (27). Permínio não quis falar com a imprensa. Porém, seu advogado Arthur Barros Osti informou que o ex-secretário declarou hoje que adotou uma postura omissa diante das fraudes e negou ter liderado o esquema que envolveu contrados que somam R$ 56 milhões.

O promotor Marcos Castro explicou que este novo interrogatório é resultado da instauração de outros procedimentos porque as operações não se encerram em uma ação só. "Então, os fatos remanescentes vão aparecendo aos poucos e conforme as necessidades nós vamos chamando todo mundo para depor. Tudo o que foi apurado na Rêmora, os fatos que surgiram a partir daquelas investigações que são objeto de procedimento investigatório são apurado. Então essas oitivas se dão após os fatos que surgiram no decorrer da ação principal", observou.

Permínio, que cumpre prisão domiciliar, confirmou no depoimento à juíza da 7ª Vara Criminal, Selma Arruda, dia 12 de dezembro passado, participação no esquema, e apontou os empresários Alan Malouf e Giovani Guizardi como integrantes ativos do esquema.

"Ficou combinado com o Alan que eu receberia uma quantia para que eu pudesse fazer o assistencialismo político que infelizmente acontece. A grande causa da corrupção em Cuiabá, no Estado de Mato Grosso é esse assistencialismo político”, disse Permínio naquela oportunidade.

Por sua vez, o empresário Giovani Guizardi, em colaboração premiada, declarou que o ex-secretário se apropriava de 25% de propina. Permínio está preso desde o dia 20 de julho de 2016.

A Operação Rêmora, foi deflagrada no dia 03 de maio pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco). A Operação desarticulou um esquema de fraudes e direcionamento de licitações para reforma e construção de escolas estaduais.

Pelo menos 23 obras totalizando R$ 56 milhões eram alvos da organização criminosa, que segundo o Ministério Público Estadual (MPE).

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Sandra Carvalho

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