Cidades

Sobrevivente de queda de helicóptero relata pânico e sirenes em voo

Os três passageiros que estavam no helicóptero que caiu no Lago de Furnas neste domingo (22), em Capitólio (MG), falaram pela primeira vez sobre o acidente. Em entrevista à EPTV, afiliada da Rede Globo, eles afirmam que pagaram pelo passeio sobrevoando o reservatório e que todo o tempo uma sirene de emergência disparava na aeronave.

Com a queda do helicóptero, Lívia Torres Afonso, Isabela Serafim e Thiago Rosa Travassos, todos de 31 anos, sofreram ferimentos leves e ficaram em observação por três dias na Santa Casa de Passos. Isabela estava filmando o voo. Imagens que mostram os passageiros negociando o valor do passeio com o piloto circularam na internet nesta quarta-feira (25).

"Ele perguntou se o voo era de R$ 100 ou de R$ 150, porque o voo de R$ 100 era 3 minutos e o de R$ 150 é seis minutos, por pessoa", conta Isabela.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que o helicóptero e o piloto estavam com toda a documentação em dia, mas que a aeronave é registrada como particular e por isso não podia fazer voos panorâmicos ou serviço de taxi aéreo.

Logo após levantar voo e dar uma volta no Lago de Furnas, a aeronave perde altitude e cai na água. "Antes disso ele tinha falado que se a aeronave estivesse muito pesada, ele iria fazer o retorno e retirar um passageiro”, conta Isabela. “O barulho de sirene ficou direto e ele começou 'ai meu Deus, ai meu Deus', e nesse momento eu já botei a mão no cinto de segurança e falei assim: ‘se eu cair viva, eu já saio, com medo da explosão’".

O voo não estava nos planos dos três amigos. O domigo era o último dia do passeio em Capitólio. “Tinha sido muito comemorativo, a gente estava comemorando, aí falamos: ‘tem um passeio de helicóptero’. Aí vimos o preço, vimos que algumas pessoas do grupo estavam fazendo. A gente já estava indo embora, [e decidimos] ‘vamos fazer esse passeio’”, lembra Thiago.

No começo da semana, o dono do helicóptero chegou a declarar que a tragédia só não foi maior por causa da habilidade do piloto. “É um piloto experiente, já está há oito anos na aviação, essa aeronave quem voa sou eu, minha filha, minha esposa”, disse Weberson Aparecido Estevan.

“Pra qualquer um de nós aqui, a primeira vez que estava voando, então os barulhos foram diferentes. Ver caindo também foi muito diferente”, continua Thiago. “Então saber se ele estava errado no começo do voo, de ter o primeiro barulho, não ter descido, ter desembarcado as pessoas que estavam na aeronave, se ele estava mais errado ainda de ter prosseguido e de ter parado da maneira que ele parou, só quem realmente é especialista na área vai conseguir tirar uma conclusão correta e mais específica em cima disso.”

Na queda da aeronave, o piloto não ficou ferido.  Ele não foi localizado para falar sobre o caso.

A queda
 O acidente aconteceu próximo à Ponte do Turvo, local bastante frequentado por turistas de todo o país. O helicóptero fazia passeios pelo lago. Vários vídeos do momento do acidente foram compartilhados nas redes sociais. A aeronave caiu poucos segundos após decolar.

O helicóptero já foi retirado do lugar da queda. A equipe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) esteve no local. Até agora, não foram divulgadas informações sobre os primeiros trabalhos da perícia nem a data de quando as investigações devem ser concluídas.

Das quatro pessoas que estavam no helicóptero, três tiveram ferimentos leves e foram levadas de ambulância para a Santa Casa de Passos. O piloto não ficou ferido.

A Anac informou também que aguarda o laudo do Cenipa, que deve confirmar que tipo de voo era realizado.

Fonte: G1

Redação

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