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Com Valquíria Castil
O Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), sob o comando do promotor Marcos Bulhões, recomeçou nesta quinta-feira (26) os interrogatórios com alvos da Operação Rêmora, que trouxe à tona um esquema fraudulento em contratos de obras na Secretaria de Estado de Educação (Seduc). O primeiro a depor foi o empresário Ricardo Sguarezzi. De acordo com seu advogado de defesa, Luciano Chiappa.
No depoimento passado, Sguarezzi, um dos sócio-proprietários da Aroeira Construções, admitiu que pagava propina ao ex-assessor especial da (Seduc, Fábio Frigeri, para receber pelos serviços em obras destinadas a reforma e construção de unidades escolares. Outro beneficiado com propinas também foi o ex-superintendente de Infraestrutura Escolar, Moisés Dias.
Sguarezi também declarou que entregou dois cheques a Fábio Frigeri que, somados, correspondiam a R$ 39 mil, e que o dinheiro seria entregue para pagar uma gráfica com despesas de material de campanha. Sguarezi não citou nenhuma autoridade supostamente favorecida com o pagamento das despesas eleitorais e informou que houve um conluio de empresários para conseguir as obras na Seduc e que a cobrança de propina era feita pelo empresário Giovani Guizardi e pelo ex-servidor Fabio Frigeri.
Calendário
Os interrogatórios iniciados hoje são uma complementação aos novos Processos de Investigação Criminal (PICs) e seguem nesta sexta-feira (27), com o ex-secretário da pasta, Permínio Pinto, e na segunda (30) com o empresário Giovanni Guizardi e Fábio Frigeri.
No dia 1º de fevereiro será a vez do empresário Alan Malouf e do ex-servidor público estadual Wander Luiz dos Reis.