Opinião

A busca de Esmeraldo

Ilan Brenman é considerado um dos nomes mais importantes da literatura infantil e juvenil, detentor de diversos prêmios e traduzido em vários países.  Ganhou diversas vezes o selo “Altamente Recomendável” pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, dentre eles: “O Alvo” (2011), “14 pérolas da Índia” (2009) e “Telefone sem fio” (2010).  

“A busca de Esmeraldo” (2013) publicado pela Editora Paulina é mais um livro de Ilan Brenman que emociona tanto crianças quanto adultos.  Esmeraldo, menino pobre do sertão nordestino, sofria todas as intempéries da vida. O pequeno Esmeraldo assumia tarefas importantes com a mãe para ajudar os cinco irmãos famintos e sedentos, enquanto o pai saía de madrugada no pau-de-arara para cortar cana-de-açúcar.

Esmeraldo, com seus dez anos, já sofria como um adulto. Sempre que Esmeraldo perguntava à mãe por que tantas dificuldades, ela respondia: “Porque Deus quis assim, fio”. Esmeraldo não entendia como Deus podia querer que as pessoas sofressem tanto. Então, decidiu procurar Deus para ter uma conversinha com Ele.  

Procurou Deus na capelinha, no terreiro, na igreja, mas não Deus não estava ali ou pelo menos ele achava que tinha saído. Nessa busca obtém algumas respostas com os animais e objetos mágicos encontrados no caminho. 

E assim Esmeraldo teve um encontro com Maria Gomes, aquela do conto popular, que também tinha fome e irmãos famintos… E foi com ela que Esmeraldo descobriu que Deus está mais perto do que imaginamos: dentro da gente. Maria Gomes o ensinou que a maior força do mundo não está fora, mas sim dentro da gente. 

“A busca de Esmeraldo” é um texto emocionante e criativo. Trata-se da trajetória de um pequeno herói que busca resposta para sobrepujar as dificuldades do dia a dia. As ilustrações, estilo singular de Fernando Vilela, estão em diálogo com o texto. Fernando Vilela usa a técnica de xilogravura, que marca a rusticidade do espaço nordestino. 

Rosemar Coenga

About Author

Rosemar Coenga é doutor em Teoria da Literatura, apaixonado pela literatura de Monteiro Lobato e semanalmente escreve a coluna Ala Jovem no Circuito Mato Grosso.

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