Foto: Ahmad Jarrah
Um novo depoimento foi marcado para o ex-deputado José Geraldo Riva referente a 19 ações penais oriundas da Operação Arca de Noé que tramitam na 7ª Vara de Combate ao Crime Organizado. Em novembro de 2016, o ex-parlamentar solicitou uma oitiva onde se prontificou a “fazer confissões para colaborar com a Justiça”. Riva será ouvido no dia 24 de fevereiro.
A intenção do reinterrogatório, concedido pela juíza Selma Rosane Arruda, visa garantir o exercício do contraditório e a ampla defesa, ou seja, dos corréus e defesa poderem se manifestar quanto às declarações feitas por José Riva.
Foram intimadas as defesas de Guilherme da Costa Garcia, Luiz Eugenio de Godoy, Nivaldo de Araújo, Geraldo Lauro, Joel Quirino Pereira, Nilson Roberto Teixeira, Varney Figueiredo de Lima e José Quirino Pereira.
Em depoimento, Riva disse ao ter entrado na Assembleia Legislativa, em seu primeiro mandato se deparou com uma dívida de R$ 25 milhões. Essa despesas seriam provenientes de passagens e combustível, material gráfico e de escritório, que segundo ele eram para os próprios deputados.
Na ocasião ele relatou sobre os desvios que fez na Casa de Leis em parcerias com outros parlamentares e disse ter se arrependido de ter participado dos esquemas, supondo que caso não tivesse entrado nas negociatas seria um dos mais ricos do Estado.
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Não estou fazendo delação, estou fazendo confissão, afirma Riva
Pela participação de outros deputados aos quais, no depoimento não quis citar nomes, Riva deixou no ar sobre a participação do atual prefeito de Cuiabá, quando foi indagado pelo Ministério Público. “Todos os deputados que receberam cheques, não necessariamente dessa empresa, recebeu uma vantagem indevida. Independentemente de quem seja", respondeu genericamente.
À juíza o ex-presidente da ALMT ficou de listar nomes e valores recebidos por parlamentares durante sua gestão em 2002. Há uma expectativa quanto a entrega do documento. Em outro processo da Operação Ventríloquo, Riva fez uma lista com nomes e valores recebidos por beneficiários de esquema no valor de R$ 9,4 milhões desviados também da Casa de Leis.