O julgamento do acusado de matar um executivo na região da Avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini, na Zona Sul de São Paulo, em 1º de junho de 2015, começa às 13h desta segunda-feira (16) no Fórum da Barra Funda.
Eliezer Aragão da Silva é acusado de matar o diretor comercial Luiz Eduardo de Almeida Barreto na Rua James Watt, uma travessa da Berrini. Ele teria sido contratado por Marcos Fábio Zeitunsian, que mantinha um relacionamento amoroso com a mulher da vítima, Eliana Freitas Areco Barreto.
Segundo a investigação, após simular um assalto, Eliezer atirou em Luiz Eduardo e fugiu, mas acabou sendo preso na região por policiais militares.
Segundo o promotor Fernando Bolque, ele será julgado por homicídio duplamente qualificado (dissimulação e mediante pagamento) roubo qualificado com emprego de arma de fogo e furto, o que pode render uma pena de 25 a 30 anos de prisão.
Na ação, Eliezer pegou o celular da vítima e de um amigo, que é uma das testemunhas convocadas para comparecer no julgamento. O júri será presidido pela juíza Marcela Raia de Sant’Anna.
A Promotoria convocou ainda como testemunhas o policial militar que prendeu Eliezer e o delegado do caso. Marcos Zeitunsian e Eliana Freitas Barreto serão julgados em outra data.
Denúncia
De acordo com a denúncia, oferecida pela Promotoria de Justiça do 1º Tribunal do Júri da Capital, o executivo foi assassinado durante um assalto simulado. Ele passava a pé local, em companhia de um amigo, quando ambos foram abordados por Eliezer Aragão da Silva, que, armado com um revólver calibre 38, anunciou o assalto
Os dois entregaram seus aparelhos celulares e R$ 50 em dinheiro. Eliezer, então, determinou que Luiz Eduardo permanecesse no local e que o amigo dele saísse. A vítima liberada foi até a loja onde trabalha para acionar a polícia e, ao chegar, ouviu três tiros. Retornou ao local do assalto e encontrou o executivo morto.
Eliezer foi preso pouco depois na Estação Berrini da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e confessou o crime. Alegou ter sido contratado por R$ 5 mil por uma pessoa conhecida como “Alemão”, que disse ter conhecido na cadeia.
Ele vingaria um estupro sofrido pela filha de “Alemão”. A polícia descobriu, por meio da agenda telefônica de Eliezer, que “Alemão” na verdade é Marcos Fábio Zeitunsian, que teve a prisão temporária decretada e confessou participação no crime. A versão do estupro era fantasiosa.
Zeitunsian contou que era amante da mulher da vítima e que ele e Eliana decidiram matar Luiz Eduardo, contratando o assassino. Eliana afirmou à polícia que decidiu assassinar o marido porque não queria que ele sofresse com a separação. Ela fez um empréstimo de R$ 7 mil e transferiu o dinheiro para a conta de Marcos, a fim de que ele pagasse o matador. O próprio Marcos levou o assassino para a região do crime.
Fonte: G1