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9 em cada 10 líderes de facções criminosas em MT estão presos, garante coordenador do Gaeco

O coordenador do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado de (Gaeco) de Mato Grosso, Adriano Roberto Alves, afirmou que 90% das lideranças de facções atuantes no estado estão reclusos no sistema carcerário. O promotor também destacou o uso de ferramentas tecnológicas no combate às organizações criminosas e defendeu que a percepção de que elas não estão sendo combatidas adequadamente está equivocada.

“O problema não é de investigação e de persecução penal, mas sim do sistema prisional, que facilita que essas pessoas deem ordens de dentro do presídio”, afirmou o promotor em entrevista à Rádio Cultura FM.

“O Gaeco investe cada vez mais em tecnologia para auxiliar nas investigações contra as organizações criminosas. E este ano, o uso da inteligência artificial (IA) será recorrente em nossas ações. Estamos desenvolvendo programas e softwares para ajudar nas operações. O uso de IA traz mais assertividade e celeridade para as nossas investigações”, complementou.

Questionado sobre o avanço da criminalidade em Mato Grosso, Adriano Roberto Alves disse haver uma visão inadequada sobre o enfrentamento às organizações criminosas. Para o coordenador do Gaeco, é necessária uma revisão da legislação para que haja penas mais duras para integrantes de organizações criminosas.

“É preciso uma revisão da legislação. Só conseguiremos avançar no combate às facções com a criação de um código (legislação) específico contra as organizações criminosas”.

Vítima sem rosto

O promotor de Justiça destacou também que a população não deve temer quando precisar realizar uma denúncia. “O cidadão que está sendo extorquido por alguma facção criminosa não deve ter medo de denunciar. Quem for ao Ministério Público, tem a garantia de ter o seu anonimato preservado. Nós não identificamos as vítimas. E, em breve, intensificaremos as operações contra essas ações de extorsão”, finalizou Adriano Roberto Alves.   

João Freitas

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