A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) apresentou, nesta semana, o resultado da Operação Volantes, que identificou a quadrilha envolvida no assalto às cooperativas do Sicredi e Sicoob, no município de Nova Bandeirantes (998 km ao Norte). O crime ocorreu em 4 de junho deste ano.
Com 22 integrantes, a quadrilha dividiu o bando em três frentes para executar o crime: logística, execução e resgate.
Prisões e apreensões
Nove criminosos foram mortos em confronto com a polícia e 13 foram indiciados. Deste total, 9 tiveram a prisão preventiva decretada, sendo que 4 estão foragidos e 5 estão presos. Foram cumpridos 3 mandados de busca e apreensão, um durante a investigação e outro nesta semana. Um dos envolvidos teve medida cautelar para uso de tornozeleira eletrônica.
Conforme o delegado titular do GCCO, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, as Polícias Civil e Militar recuperaram R$ 573.182,75, o que representa cerca de 75% do dinheiro levado. Ele considera que é difícil para a polícia ter conhecimento do valor total levado, pois as instituições não informaram o valor exato.
Treze veículos foram apreendidos durante as buscas pelo bando, além de munições e 12 armas de fogo (3 revólveres, 3 pistolas, 3 espingardas e 3 fuzis), além dos carregadores das armas longas. Dos três veículos roubados para a ação criminosa, em um dos carros havia cerca de R$ 20 mil em joias que a Polícia Militar recuperou.
O delegado mostrou que o esconderijo dos assaltantes estava a 46 km da cidade de Nova Bandeirantes e eles tentaram confundir os policiais, roubando veículos e queimando em um ponto diferente.
A maioria do bando era do Nordeste e contou com apoio de um empresário de Mato Groso, que fazia parte do grupo responsável pelo resgate. Eles chegaram no início do mês de maio em Alta Floresta, local que serviu de base para a prática do crime.
“A intenção deles era de esconder na mata e ser resgatados aos poucos. Eles não imaginaram que a polícia, especialmente a Polícia Militar, daria a continuidade nas buscas por tanto tempo. Também foi fundamental o trabalho da Politec, com mais de 30 perícias de simples a complexas, que utilizou banco de dados de DNA e ajudaram na identificação dos criminosos fornecendo informações para a inteligência. Foi uma ação integrada que deu esse resultado”, esclareceu o delegado.
Ação integrada
O coronel PM Adnilson de Arruda, que era comandante da regional Alta Floresta, e esteve à frente do trabalho operacional da Polícia Militar no combate aos criminosos do novo cangaço disse que a ação foi traumática, mas que a ação conjunta com a Polícia Civil, além do apoio dos comandantes regionais de Juína, Peixoto de Azevedo e Sinop com equipes foi fundamental para chegar aos bandidos.
“Era uma ação que tínhamos que dar uma resposta rápida, não só para Nova Bandeirantes, mas para todo Mato Grosso. Se não tivéssemos tido sucesso, outros grupos criminosos viriam. O cerco que foi feito, as incursões do Bope foram vitais para o sucesso da operação”, destacou.
Para o secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, a integração entre as forças de segurança foi a alma do trabalho e se diz muito orgulhoso do resultado das ações, após 58 dias de trabalho da PM no local e agora com a investigação da Polícia Civil.
“Estou muito orgulhoso disso, o que está sendo feito na Segurança Pública, está dando retorno para a sociedade, essa é uma determinação do governador Mauro Mendes. Esse é um trabalho de difícil resolução e a integração foi a alma do trabalho que reuniu Ciopaer, Politec, Polícia Civil, Polícia Militar, os comandos regionais, Bope, Força Tática, GCCO, GOE. Só teremos êxito quando todos nós nos unirmos e a sociedade ajudou muito confiando no trabalho da polícia e informando os locais onde estavam os possíveis suspeitos”.