Um total de 735 Servidores públicos que receberam o auxílio emergencial do governo federal vão ter que dar explicações à Controladoria Geral do Estado (CGE). O auxílio só poderia ser pago para quem estava sem renda durante a pandemia. Alguns servidores receberam automaticamente porque faziam parte do Cadastro Único do governo federal e receberam sem nem mesmo fazer o pedido.
Os agentes públicos estaduais receberam juntos um total de R$ 453,6 mil só no mês de maio. Todos eles estão sendo notificados e devem devolver o dinheiro ou justificar o recebimento.
O auditor da Controladoria Geral do Estado, Wander Lima, conta que 94% receberam de forma automática.
“Foram identificados 735 servidores e 94% desses servidores receberam de forma automática, ou porque estavam no Cadastro Único do governo porque recebem abaixo de R$ 3.135 ou porque estavam inscritos no programa Bolsa Família. Quarenta e um servidores acessaram o aplicativo e fizeram a solicitação de forma espontânea”, afirma.
Para fazer a devolução do valor recebido de forma indevida, a pessoa deve acessar o site onde são disponíveis os procedimentos para a devolução do auxílio.
“Os servidores que estão no Cadastro único vão ter que comprovar que eles deveriam permanecer nesse cadastro único, ou seja, que a única renda da família é abaixo de R$ 3.135. Aqueles que estão no Bolsa Família, de igual forma, tem que demonstrar porque eles estão no Bolsa Família. Agora o servidor federal que não se enquadra na lei federal que concediam o benefício tanto para quem estava no Bolsa Família, tanto para quem estava no Cadastro Único, esses sim, vão ter que devolver o valor recebido até o momento”, afirma.