Opinião

5 de março é dia do filatelista

Foi no ano de 1663, no embalo das ondas do mar-oceano, que os correios nasceram no Brasil. Naquela época, o Correio da Capitania do Rio de Janeiro possibilitou a troca de cartas entre a Metrópole e sua Colônia. Nos primórdios da atividade postal brasileira o serviço se limitou ao trânsito pelo mar. Mas, em 1808, com a vinda da família real portuguesa para o Brasil, quando Napoleão assombrava a Europa, surgiram as primeiras normas postais específicas para o interior. Anos depois, com a Independência, que não se pode esquecer – provocada por uma carta endereçada a Dom Pedro I – é que o correio ganhou o lugar merecido. Se antes o único posto de Correios localizava-se no Rio de Janeiro, hoje há mais de 5.000 municípios brasileiros, incluindo algumas aldeias, onde 14 mil índios têm o privilégio de ter os serviços de venda de selos, envio e recebimento de cartas e encomendas, telegramas e aerogramas.

No mundo da filatelia, por determinação do imperador Dom Pedro II, o Brasil também é lembrado como a segunda nação a emitir selos postais. O primeiro selo data de 1843 e foi impresso em três valores: 30, 60 e 90 réis.  Conhecido como Olho de Boi, consiste em peças filatélicas muito cobiçadas por colecionadores. Desde o século XVII até hoje, milhares de selos foram impressos pelo Correio brasileiro. São estampas de formas, cores, aromas e temáticas diversificadas que contam de forma peculiar a História do Brasil.

Destaca-se aqui a Tanga Marajoara, de 1981, de Álvaro A, Martins, temática indígena contemplada no espaço na emissão de selos postais para homenagear uma população de quase 900.000 índios. A peça filatélica refere-se a um artefato de barro, de uso feminino, confeccionado por indígenas da Ilha de Marajó, no Pará, de 400 a 1.400 d.C.

Nestes 358 anos dos Correios, a filatelia sobrevive graças aos colecionadores fiéis. Triste lembrança do fechamento da sessão filatélica na agência da Praça da República, onde conheci Rúben Fábio Ferreira, presidente do Clube Filatélico, Numismático e Afins de Mato Grosso. Lembro-me que retomei à prática da filatelia iniciada em 1979, no Rio de Janeiro, por ocasião do lançamento da peça filatélica Metrô do Rio de Janeiro, de Joana Bielschowsky, que festejou a inauguração dos 4,3 quilômetros de trilhos, transportando mais de meio milhão de pessoas, em apenas 10 dias.

 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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