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A irmã do ex-secretário de Estado, Pedro Nadaf, professora doutora Yasmin Nadaf, disse que após prestar esclarecimento à Delegacia Fazendária (Defaz) seu trabalho perdeu a credibilidade e que há um ano não sai de casa. A declaração foi dada na manhã desta quarta-feira (23), em discurso para uma Sessão solene para entrega de título honorífico, na Câmara dos Vereadores, em Cuiabá.
Em 15 de setembro de 2015, a professora foi levada coercitivamente a prestar depoimentos, na condição de testemunha, para a Operação Sodoma, e culminou na prisão de seu irmão.
Yasmin criticou o governador Pedro Taques (PSDB) e o modo com que a imprensa cobriu o caso. “40 anos de trabalho derrubados em minutos pela espetaculização da mídia. Pela espetaculização que, hoje o governador do estado, que olha para o retrovisor dizendo e repetindo: não a corrupção, colocando na fogueira pessoas que nada devem e nada temem. Como eu, que perdi 40 anos de trabalho junto a maior universidade pública do país, e a terceira maior da américa latina”.
De acordo com ela desde esse dia, os colegas professores a alertaram sobre a credibilidade do seu trabalho por parte dos alunos. (Confira vídeo abaixo)
“Porque quando um aluno vai para uma banca ser questionado, ele costuma verificar quem vai [questiona-lo]. Ele poderia dizer se fosse reprovado: que moral tem essa professora para me reprovar, se ela foi conduzida em um camburão para a polícia como se fosse uma traficante de alta periculosidade?”, declarou.
Ela ainda completa dizendo que não sai de casa. “Há um ano não saio da minha casa. Por pura tristeza em meu coração. Eu aceito convites apenas para participar de cursos e palestras […]”, afirma a professora, que completa dizendo que está em bancas de diversas universidades do Sul do país.
À época da prisão do irmão, Pedro Nadaf, Yasmin declarou que a detenção era “injusta” e desnecessária.
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