Após a prisão do Alan Malouf, a terceira fase da Operação Rêmora é encerrada com o depoimento, ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do engenheiro Edézio Ferreira da Silva conduzido coercitivamente e liberado na manhã desta quinta-feira (15). A informação foi confirmado pelo Ministério Público do Estado (MPE).
Denominada Grão Vizir, a ação deflagrou o mandado de prisão preventiva contra o empresário dono do buffet Leila Malouf, além de buscas, apreensões e conduções coercitivas. A Rêmora investiga um esquema de propinas e fraudes em licitações de obras e reformas na Secretária Estadual de Educação (Seduc).
A condução do engenheiro ao Gaeco se deve ao depoimento do empresário Giovani Guizardi, dono da Dínamo Construtora, que depôs, nesta segunda-feira (12), ao juízo da 7ª Vara Criminal. O réu e agora colaborador da Operação disse na oitiva, que no esquema, Edézio era o responsável por fazer os depósitos das propinas que eram indicados pelos membros da organização.
Além de efetuar os pagamentos ilícitos, Edézio também chegou a trabalhar para Guizardi, onde alugou o local denominado, pelo Ministério Público, “como quartel general”, uma sala comercial, no prédio Avant Garden Business, no bairro Santa Rosa em Cuiabá. O lugar era usado para reuniões em que participavam o ex-secretário de Educação Permínio Pinto (PSDB), os ex-servidores, Fábio Frigeri e Wander Luiz dos Reis, o próprio Guizardi e o também delator Luiz Fernando da Costa Rondon, dono da Luma Construtora, entre outros, sendo estes citados, réus na operação Rêmora.