Uma pesquisa feita pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) divulgada nesta terça-feira (27) aponta que 38,9% dos presos em São Paulo respondem por tráfico de drogas; 35% estão no sistema penitenciário por roubo, e 7% praticaram homicídio. Os dados foram colhidos no dia 18 de junho, se referem a homens e mulheres, e foram divulgados nesta terça no Diário Oficial do Estado.
Os dados integram levantamento inédito realizado pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). Na data, 221.636 pessoas estavam presas no estado.
Respondem por furtos 8,5% dos presidiários; 4,4% estão presos por crimes contra a dignidade sexual e 2,2% por apropriação indébita, estelionato e receptação.
No sistema presidiário paulista, 1,4% respondem por porte ilegal de armas; 1,8% estão enquadrados na Lei Maria da Penha – por lesão corporal e ameaça às mulheres.
Respondem por cárcere privado e extorsão mediante sequestro 0,7% dos presos; por latrocínio 0,4% e por outros crimes não especificados 0,7%.
Ainda de acordo com a pesquisa, a maioria das presas em São Paulo foi condenada por tráfico de drogas, 70% das mulheres que cumprem pena no estado.
No caso dos homens, o tráfico de drogas e o roubo ocupam as primeiras posições, com, respectivamente, 37% e 36,4% das ocorrências
Os números, entretanto, não significam que haja mais mulheres presas por tráfico do que homens. Em termos absolutos, o total de homens sentenciados por esse crime é mais de oito vezes superior ao de mulheres (77,5 mil ante 8,9 mil).
De acordo com o levantamento, entre as mulheres, porém, essa modalidade é preponderante, de maneira disparada, enquanto no universo masculino há maior distribuição dos fatores de condenação.
A SAP registrou, entre janeiro e julho deste ano, a inclusão de 65.617 pessoas no sistema penitenciário
paulista, o que representa inclusão média mensal de 9.373 pessoas, ou 312 novos presos por dia.
Comparando-se os cinco principais tipos de crimes, os quatro citados (tráfico, roubo, furto e homicídios) ocupam as quatro primeiras posições tanto na população carcerária geral quanto no caso de homens e de mulheres, separadamente. No universo masculino, o quinto maior motivo de prisão refere-se a crimes contra a dignidade sexual (4,6%).
Entre as mulheres, a quinta colocação diz respeito à apropriação indébita, estelionato e receptação (2%).
Fonte: G1