José Edimilson Pires e Helbert de França Silva foram condenados, na última semana, a 28 anos de prisão cada um por suspeita de participar de um grupo de extermínio em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. Ambos estava sendo investigados no âmbito da Operação Mercenários, deflagrada pela Polícia Civil.
Os réus possuem condenações por homicídios qualificados cometidos contra outras vítimas. Com o resultado do último julgamento, as penas aplicadas aos dois totalizam mais de 250 anos de prisão.
Em relação ao julgamento dessa terça-feira, o homicídio duplamente qualificado foi cometido em via pública, com a utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima e por motivo torpe. Matheus Cruz, que na época ainda era adolescente, foi atingido por diversos disparos de armas de fogo efetuados pelos integrantes da organização criminosa e veio a óbito no próprio local.
Segundo o MPMT, apurou-se que os denunciados cometeram o assassinato do adolescente por suposta pratica de ato infracional, na região do Cristo Rei. “Na vertente do crime, com características claras de milícia privada dedicada ao extermínio de seres humanos, o grupo criminoso executou várias pessoas com ou sem antecedentes criminais, com motivação torpe e na qualidade de grupo de extermínio”, sustentou o promotor de Justiça que atuou no júri, Vinícius Gahyva Martins.
A Justiça determinou ainda a perda do cargo público de Helbert de França Silva, cabo da Polícia Militar.