A operação foi desencadeada pela PF, em conjunto com Batalhão de Operações Especiais (BOPE) e o Centro Integrado de Operações Aéreas do Estado de Mato (Ciopaer). De acordo com o delegado da PF, Josean Severo, a ação foi fruto de investigações que tiveram início há mais de três meses.
“Denúncias relatam um alto fluxo de aeronaves na região do Pantanal, fazendo voos de baixa altitude, o que levantou suspeitas da Polícia. Geralmente são locais inóspitos, o que facilita a ação de criminosos”, alegou o delegado Josevan.
O delegado também revelou que, por conta do alto número de denúncias relacionadas ao tráfico de drogas na região do Pantanal, o local será monitorado permanentemente.
Apreensão
A apreensão realizada na última quarta resultou na morte de duas pessoas. Segundo o delegado da PF, uma das vítimas era o co-piloto da aeronave que transportava a droga. A outra vítima era uma pessoa que aguardava na pista para, supostamente fazer o pagamento pelo transporte do entorpecente.
“A aeronave já estava parada, demos voz de prisão e fomos recebidos a tiros. Tomamos a atitude necessária para responder à ação e infelizmente duas pessoas morreram”, relatou o major do BOPE, Januário Batista.
Durante a operação, o funcionário da fazenda, próxima à pista clandestina, foi preso e confessou ter dado apoio logístico à ação criminosa. Ele relatou ainda, que receberia R$ 1 mil e que esta não foi a primeira vez que ele auxiliou traficantes de droga na região.
O piloto da aeronave conseguiu fugir. A identidade dos mortos ainda é incerta, informações extraoficiais, no entanto, dão conta de que as vítimas seriam um brasileiro e um boliviano. A polícia também ainda não sabe para quem seria entregue o entorpecente, sabe-se apenas que é de origem boliviana.
“Infelizmente tivemos duas baixas, mas essa operação pode ser considerada um “golpe de sorte”, tendo em vista que já tínhamos montado operações na região em outras ocasiões, mas não havíamos obtido êxito”, declarou o delegado da PF, Josevan.
Camila Ribeiro – Da Redação
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