Esportes

1º vagão do VLT chega em Cuiabá amanhã

 
Por se tratar de um produto de alta tecnologia, dotado de modernos e complexos sistemas de telecomunicação e operação, o transporte demandou uma estratégia logística arrojada. A fabricação dos trens, bem como o processo de importação da Espanha (desde a fábrica de Bilbao) para o Brasil (ao Porto Seco de Cuiabá e depois ao pátio de operações do VLT) é feito pela CAF Brasil, uma das empresas que compõem o Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, e responsável pelo fornecimento do material rodante (trens) e sinalização ferroviária.
 
Em decorrência do complexo procedimento – devido ao tipo de produto – a importação dos VLTs para Cuiabá exigiu a contratação de uma empresa especializada. Foi contratada a Mac Logistic, especializada em logística integrada e carga projeto com 28 anos de mercado. A empresa elaborou todo o plano logístico e também é responsável pela execução do mesmo.
 
Entendendo o processo – Com o descarregamento do trem no Porto de Santos, no dia 24 de outubro, os procedimentos aduaneiros começaram, dando continuidade à execução do projeto logístico para o transporte até Cuiabá. Os três vagões (também chamados de módulos) foram retirados dos mafis (espécie de container), e por meio da mesa de transbordo, colocados em três caminhões com prancha rebaixada.
 
Vale lembrar que por se tratar de um produto com severas restrições de içamento e maior fragilidade das composições (feitas de ligas leves de alumínio), a empresa teve de elaborar um projeto que evita o içamento dos vagões. Para tanto, o VLT é movimentado de uma plataforma para outra via trilhos e sem a necessidade de içamento. Por isso, a empresa responsável pela logística adaptou trilhos nos mafis, na plataforma dos caminhões e desenvolveu duas peças exclusivas: a mesa de transbordo (mafi-caminhão) e a rampa de desembarque (com aproximadamente 45 metros de extensão).
 
As carretas têm cerca de 100 metros de comprimento e viajam apenas durante o dia, cuja velocidade média é de 40 km/h, com monitoramento via satélite 24 horas por dia, durante todo o trajeto, estimado em 1.800 quilômetros de Santos a Cuiabá.
 
Chegando na Capital mato-grossense, o processo aduaneiro do primeiro e dos demais VLTs será feito no Porto Seco de Cuiabá, para então ser levado para o pátio de operações, em Várzea Grande.
 
Sobre o VLT – O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) será implantado nas principais avenidas de Cuiabá e Várzea Grande (Fernando Corrêa da Costa, Coronel Escolástico, Historiador Rubens de Mendonça, Tenente Coronel Duarte – Prainha – e XV de Novembro na Capital e FEB, João Ponce de Arruda, na cidade vizinha), totalizando 22 km de extensão.
 
No trajeto estão previstas obras de artes especiais (trincheiras, viadutos e pontes), além da reestruturação da cobertura do córrego da Prainha. Serão 33 estações de embarque e desembarque e três terminais de integração, localizados nas extremidades do trecho, além de uma estação diferenciada no Porto,
onde também poderá ser feita a integração com o transporte coletivo (ônibus).
 
Ao todo serão 40 veículos com sete módulos cada, com capacidade para transportar até 400 pessoas (por veículo), sendo 72 sentados. Entre os benefícios do novo modal está a oferta de um serviço de transporte público regular e de qualidade, confiável, confortável e seguro; redução da emissão de gases poluentes (pois é elétrico, com subestações próprias) e de ruídos; além de integrar o aeroporto à rede hoteleira e ao centro histórico de Cuiabá.
 
Assessoria 

Redação

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