Foto: Vanessa Fogaça
Dezessete presos ficaram feridos na rebelião que acontece no Presídio Ferrugem em Sinop (500 km de Cuiabá-MT). De acordo com o secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas, o primeiro atendimento foi feito na própria enfermaria do presídio.
”A partir do momento em que houve a crise dentro da unidade, a Sesp e a Sejudh se integraram nas ações e fizemos todo o pronto atendimento. Estamos trabalhando de forma integrada. Todo o Governo do Estado está envolvido em uma ação para a retomada do estabelecimento prisional”, disse Rogers Jarbas.
O preso que sofreu um infarto foi conduzido ao pronto-socorro de Sinop bem como outro detento que foi atingido por um tiro no tórax. Mais tarde, alguns dos feridos foram levados para o Hospital Regional por uma unidade do Corpo de Bombeiros.
Em entrevista coletiva à imprensa em Sinop, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Airton Siqueira, disse que informações preliminares indicam que a rebelião ocorrida na manhã desta terça-feira (11.04) na Penitenciária Dr. Osvaldo Florentino Leite Ferreira foi motivada por uma rixa entre dois grupos rivais. A rebelião foi controlada no final da manhã pelas Forças de Segurança do Governo do Estado que negociam a reocupação de forma pacífica da unidade.
“Mais tarde a Polícia Judiciária Civil e a inteligência prisional terão dados mais completos, mas, a princípio, a rebelião foi causada por uma rixa entre grupos rivais”, disse Siqueira. Segundo o secretário, quatro presos morreram vítimas de disparos feitos pelos próprios detentos e um homem morreu vítima de um infarto. Os corpos dos presos mortos durante a rebelião foram levados pela Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica) para a necropsia.
Conforme Siqueira, a rebelião começou entre 5h30 e 6h. Os presos começaram a bater nas grades no momento em que os agentes se preparavam para a troca de serviço. “A torre observou uma movimentação estranha e os servidores foram verificar o que estava acontecendo no raio Azul e foram recebidos com disparos de arma de fogo. Nesse momento iniciou-se um confronto armado”, relatou o secretário.
Siqueira contou que, mesmo com o confronto, os agentes não recuaram. “Essa posição foi fundamental para que os detentos não tomassem toda a unidade”, informou, ressaltando que a eclosão do movimento se concentrou no Raio Azul e também atingiu o Raio Amarelo.
A Secretaria de Segurança Pública apurou que os presos estavam com dois revólveres e os serviços de inteligência estão investigando como o armamento chegou até os detentos.
Com Assessoria-Gcom