Já faz 100 dias que Zé Pedrinho assumiu como governador. Parece que ele aprendeu bem com Mauro Mendes.
1 – Nunca vi a estrada para a chácara no Sucuri tão ruim. Toda vez que visito meus pais, estraga algo no carro. E detalhe: dia que chove, não passa ônibus.
2 – Nunca vi a estrada pra Chapada com tantos buracos.
3 – Para ir à fazenda da minha avó em Bom Jardim (170 km de Cuiabá), você quase morre umas 100 vezes.
4 – Lá mesmo em Bom Jardim, que nunca teve violência, tentaram assaltar a fazenda três vezes.
5 – Os condomínios perto da minha casa já foram assaltados cinco vezes. E a rotatória prometida até hoje não saiu, matando pessoas semanalmente.
6 – Continuo pagando plano de saúde porque não tem hospital particular, imagina público.
7 – Meu filho continua numa escola particular porque não existem escolas públicas.
8 – Minha filha continua sem creche, impossibilitando sua mãe de trabalhar, o que reduz nossa renda em 40%.
9 – Continuo vendo as mesmas pessoas, mesmas empreiteiras, mesmos caciques mandando por aí, todos obedecendo cegamente Mauro Mendes (mandato sofrível, diga-se de passagem). Pior que agora é todo mundo da mesma turma.
10 – Deu calote em muita gente honesta que não recebeu pelos serviços, e se quer receber, ainda tem que receber metade, como
se tudo fosse roubo, propina etc.
11 – Projetos culturais barrados porque o governo não paga. Meu projeto mesmo, de fazer um documentário sobre a vida do artista plástico Clóvis Irigaray, tudo aprovado e dentro da lei, não foi pra frente, pois não recebi o dinheiro. E o dinheiro estava em caixa quando ele assumiu.
12 – Não vejo nada de cultural nesta cidade tricentenária, continuam os mesmos artistas e fotógrafos de sempre.
13 – Não vejo nenhum apoio ao cinema.
14 – Não vejo apoio a arte nenhuma.
15 – O facebook dele com fotos geniais do José Medeiros funciona que é uma beleza.
16 – Continuo a escutar as propagandas lindas que falam de um estado de transformação, mas que em nada condizem com a realidade.
Realmente parece que não mudou muita coisa. Mas tem um lembrete: eu amo queimar a língua.