A sentença foi proferida no tribunal militar de Fort Meade, uma base militar nos arredores de Washington. Manning deve ser exonerado do serviço militar e perder todos os subsídios da carreira.
O ex-analista de inteligência júnior, de 25 anos, foi declarado culpado por 20 acusações, entre as quais de espionagem e fraude eletrônica por ter vazado mais de 700 mil arquivos ao site de Julian Assange.
David Coombs, advogado de Manning, falará sobre o veredicto ao longo da tarde de hoje.
Após a sentença, Manning foi retirado rapidamente da corte aos gritos de "nós continuaremos lutando por você Bradley" e "você é nosso herói" de apoiadores que estavam no tribunal.
Segundo a promotoria militar, o vazamento de dados promovido por Manning durante seu serviço no Iraque em 2010 colocou os Estados Unidos em perigo, assim como suas delegações civis e militares em vários países.
A promotoria militar já havia pedido que o soldado fosse condenado a 60 anos de prisão. A pena máxima a que ele poderia ter sido submetido é de 90 anos, embora já estivesse preso há três anos.
O complexo processo judicial começou com as vistas preliminares em dezembro de 2011, enquanto o julgamento começou em junho.
Colaboradores do site Bradleymanning.org, que fazia campanha para absolvição do soldado convocaram uma vigília na base de Fort Meade e um protesto na Casa Branca nesta quarta-feira.
O jornalista Gleen Greenwald, que publicou uma série de reportagens sobre o esquema de espionagem da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos no jornal "The Guardian" ironizou a sentença de Manning em um post no Twitter:
"Os EUA nunca serão capazes de falar novamente ao mundo sobre o valor da transparência e da liberdade de imprensa sem causar um ataque de riso mundial."
UOL