Escorada nos milhões de reais que recebe de verba pública, a CBHb (Confederação Brasileira de Handebol) atrai interessados em parcerias, tais como a que funciona com o time austríaco Hÿpo No
A entidade terá à disposição R$ 9,4 milhões só para preparar as seleções para a Olimpíada do Rio, em 2016. Os recursos advêm do Ministério do Esporte, Correios e Banco do Brasil. Ela também tem previsão de ganhar R$ 3,7 milhões da Lei Piva em 2014.
Desde 2011, o Hÿpo No é uma espécie de base da seleção feminina na Europa, graças ao dinheiro investido em conjunto pela confederação e pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro).
A principal investida ocorreu para reproduzir a iniciativa de sucesso do Hÿpo, só que no naipe masculino.
Em abril, a CBHb foi procurada pela diretoria do Viborg HK, da Dinamarca.
Um dos principais do handebol internacional, o clube estava atrás dos homens. "A inspiração foi o modelo com o Hÿpo. Daríamos estrutura e o Brasil forneceria recursos e atletas. Como há crise econômica na Europa, precisamos ser criativos", disse o diretor do Viborg, Peter Cassoe.
Segundo a proposta, à qual a Folha teve acesso, o Viborg receberia jogadores e técnicos designados pela CBHb, que bancaria os salários. "A liga dinamarquesa seria um bom lugar para desenvolver os atletas para a Rio-2016."
O Viborg disputa a Liga dos Campeões da Europa. No feminino, já venceu o torneio em três oportunidades.
Curiosamente, o contato entre o time e a CBHb foi costurado por uma brasileira: a goleira Chana, que defendeu a seleção nacional, mas não estava no Mundial da Sérvia.
Um acerto entre dinamarqueses e brasileiros pode ocorrer em 2014.
Se não houver acordo, o presidente da CBHb, Manoel Luiz de Oliveira, afirmou que há outros pretendentes.
Dois clubes espanhóis e um norueguês, que não foram revelados, também sondaram para receber atletas do país, sempre com contrapartida financeira.
O RETORNO
As jogadoras da seleção desembarcam no aeroporto de Guarulhos (SP) por volta das 7h45 desta terça-feira.
Os únicos que não retornarão para o Brasil são o técnico Morten Soubak, que passará o Natal na Dinamarca e depois irá para a Áustria, as armadoras Karoline e Deonise e a goleira Mayssa.
Não estão programadas celebrações em São Paulo.
Fonte: Folha de São Paulo