Professores de diferentes segmentos da USP divulgaram nos últimos dias posições contrárias ao projeto desenhado pelos reitores das universidades e pelo governo do Estado.
O projeto só entrará em vigor se for aprovada internamente nos conselhos da USP, Unesp e Unicamp. Uma das inovações é a adoção de um curso intermediário, que será, em parte, a distância. Veja trechos da entrevista.
Folha – O que a sra. acha do projeto de cotas?
Maria Helena Machado – Não inclui, não coloca alunos de escola pública, pretos, pardos e índios na universidade. Eles vão receber um curso dado por uma fundação por dois anos pela internet. Ninguém faz inclusão de base com ensino a distância.
Não se justifica que se tenha um campus frequentado por uma população branca e de classe média, enquanto jovens pobres e pretos ficam segregados em suas casas, em bairros que carecem de acesso à cultura.
E do conteúdo do curso?
Tem uma lista de disciplinas gerais, como redação e empreendedorismo, que não profissionalizam o aluno. Qual é o sentido disso?
Fonte: FOLHA.COM