Cidades

Professores votam por fim de greve mas querem manter diálogo

Após quase dez dias em greve os professores de Cuiabá retomaram os trabalhos nessa quarta-feira (9) na rede municipal de ensino. A decisão veio da categoria em assembleia geral na praça Alencastro, no centro da capital, na tarde de ontem (8). A greve que já havia sido decretada ilegal pela justiça cobrava melhorias na estrutura das escolas e aumento salarial. A Categoria votou por permanecer em ‘estado de greve’, até que a prefeitura apresente cronograma de reforma das unidades escolares.

Cerca de 9 mil servidores da educação entre técnicos, professores e demais profissionais retomaram suas atividades e 47 mil alunos devem voltar as aulas. Segundo o presidente do Sintep Cuiabá (Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso), João Custódio, os trabalhadores da educação reunidos em Assembleia, deliberaram pela suspensão do movimento de greve, mas “definimos pelo estado de greve e por um calendário de mobilização da categoria, para que nossas exigências não sejam vilipendiadas”, explicou.

Os profissionais estavam parados desde o último dia 31 de agosto. Eles cobravam um aumento de 3,09% ainda no mês de agosto, além da realização de concurso, recebimento de férias e licenças-prêmio vencidas, rapidez na publicação de processos de aposentadoria, até cursos de capacitação, reforma nas unidades de ensino e revisão da lei orgânica da categoria.

Na quinta-feira (10), representantes do Sintep se reúnem com gestores de governo para uma reconciliação e retomada da proposta feita de reajuste salarial de 2,3%, que estava condicionado à volta das atividades. 

A proposta

Apesar disso a prefeitura alega que os professores tiveram 9,31% de reposição das perdas inflacionárias, pagos a partir da folha de julho passado. A prefeitura ofereceu 2.3% de ganho real, a serem pagos a partir de janeiro de 2016. Embora o Sindicato tenha concordado e defendido a proposta, a categoria a recusou durante assembleia.

De acordo com o secretário de Educação do município, Gilberto Figueiredo, “a greve não se justificava porque nunca suspendemos o diálogo, além de termos atendido a todas as reivindicações dos profissionais da educação, além das nossas possibilidades”.

Segundo levantamento feito pela Secretaria Municipal de Educação, das 151 unidades escolares do município, 111 funcionaram normalmente nesta terça e todas as demais voltam nesta quarta-feira (9). 

 

Ulisses Lalio

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